Inacabado, Sambódromo da Marquês de Sapucaí é “um pesadelo” de acessibilidade
Quando anunciou a remodelação do Sambódromo, o prefeito Eduardo Paes prometeu que as obras seriam completamente terminadas antes do carnaval deste ano. No entanto, o que se vê é um local repleto de improvisos que apresenta riscos para o público e torna muito difícil a vida de portadores de necessidades especiais, que não foram contemplados na reforma.
Feita às pressas, a reforma deixou marcas de descuido. Logo nas entradas, o piso é apenas de um cimento tosco e desnivelado, o que dificulta bastante o acesso de cadeirantes. Wellington do Espírito Santo, que trabalha em uma das campanhas de conscientização da Operação Lei Seca na Marquês de Sapucaí, relata as dificuldades que enfrenta:
“Está muito complicado. Aqui na entrada, se a gente esbarra em um desses buracos é tombo na certa. Também não vi nenhum banheiro químico adaptado, então se quisermos fazer nossas necessidades temos que ir até o setor 13, do outro lado da Avenida. É muito longe, fica difícil chegar até lá”, explica.
E se já na entrada são notados problemas, no backstage da Sapucaí o problema continua. Há diversos degraus que impedem a passagem de cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Além disso, o acesso a diversos espaços é feito exclusivamente por escadas.
Wellington define a situação em apenas uma frase:
“Aqui é um pesadelo para nós cadeirantes”, afirma.
Preparativos continuam durante os desfiles
Mesmo com o início dos desfiles do Grupo Especial, os operários continuam trabalhando. Em uma passarela improvisada que liga a entrada 2 à concenração, dois eletricistas estão terminando de instalar a iluminação do local. Segundo um deles, o trabalho não é um reparo emergencial:
“Não, está tudo certo. Estamos terminando aqui, já vai ficar tudo bonito!”, explica o funcionário, que prefeiu não se identificar.
Nos banheiros, improviso também é visto
Até mesmo nos banheiros convencionais é possível notar problemas. Além do acabamento não concluído, o espaço é um desafio para os usuários. Nas cabines, não há suporte para papel higiênico, obrigando os usuários a pegarem o item no chão.
Já nas pias, a situação não é muito diferente. O sabonete está guardado em um recipiente improvisado, já que ainda não foram instaladas saboneteiras, e não há toalhas de papel para secar as mãos.
Fonte: Jornal do Brasil
Compartilhe
Use os ícones flutuantes na borda lateral esquerda desta página
Siga-nos!
Envolva-se em nosso conteúdo, seus comentários são bem-vindos!
2 Comentários
Enviar um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Artigos relacionados
Acessibilidade no ESG. Equipotel aborda o tema para o turismo.
Acessibilidade no ESG, para o mercado do turismo. Equipotel aborda a importância da inclusão da pessoa com deficiência.
Morte Sobre Rodas. Filme inclusivo foi candidato ao Oscar.
Morte Sobre Rodas. Dois protagonistas do filme, são pessoas com deficiência, um usuário de cadeira de rodas e outro com paralisia cerebral.
Paralimpíada de Paris 2024. A deficiência não é um limite.
Paralimpíada de Paris 2024. A cidade luz sedia o maior evento esportivo do mundo para as pessoas com deficiência.
POR FAVOR, UM SITE QUE ESCREVE SOBRE ACESSIBILIDADE NÃO PODE USAR O TERMO “PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS”. ESSE TERMO NÃO EXISTE, O QUE EXISTE SÃO PESSOAS COM DEFICIENCIA. NÃO TEM NADA DE OFENSIVO TER UMA DEFICIENCIA, O “ESPECIAL” É UMA CRIAÇÃO TOSCA DE QUEM ACHA QUE MUDANDO O TERMO MUDA A SITUAÇÃO.
Por favor, esta é uma matéria colhida do site do Jornal do Brasil, e não um artigo próprio. Procuramos colocar o texto de acordo com o original, para que não haja confusões com as fontes, que sempre são citadas. Se você sente incomodada, reclame diretamente a quem escreveu essa matéria. Nós sabemos dos termos que são mais eticamente corretos, porém isso ainda é uma grande polêmica. Como isso não é uma transgressão, eu procuro indicar a melhor forma, porém nunca condeno, como você fez dizendo “não pode usar”, e nem sou radical dizendo “esse termo não existe”.