Hardcore Sitting – manobras radicais em cadeira de rodas
O hardcore sitting surgiu há três anos em Las Vegas (Califórnia). Foi criado por Aaron Fotheringham, nascido em 8 de novembro de 1991, em Las Vegas (Nevada), que acompanhava o irmão à pista de BMX (Bike Freestyle). Aaron tem Spina Bifida e tem usado uma cadeira de rodas desde os três anos de idade, usava muletas no início, mas passou a usar a cadeira de rodas em tempo integral a partir dos oito anos de idade. Um dia, Aaron decidiu dropar da rampa e deu certo. Com as imagens disponibilizadas na internet, o esporte se disseminou pelo mundo.
Ao longo dos últimos quatro anos, Aaron desafiou-se a tentar truques cada vez mais difíceis; carving, grinding, power-sliding, and spinning são apenas algumas de suas realizações. Em 2005, ele aperfeiçoou um meio giro aéreo de 180 graus. Então, em 13 de julho de 2006, ele conseguiu o primeiro backflip (giro inverso de 360 graus) em cadeira de rodas. Desde esse tempo, ele aperfeiçoou o back flip, pode fazer um Handplant que consiste em apoiar em uma mão a cadeira suspensa no ar, além de todas as formas de lançamentos, e outras manobras. Depois Aaron passou a fazer apresentações em diversas partes do mundo, se apresentando na mega rampa da Nitro Circus, e mais recentemente alcançou sua mais radical evolução para realizar um double backflip, equivalente a um salto duplo mortal inverso.
Pablo Moya, psicólogo desportivo habituado a incluir deficientes no mundo esportivo, dirige a equipe de basquete sobre rodas de São José dos Campos, e disse que três atletas mostraram destreza e coragem ao executar as manobras. Eles serviram de inspiração para centenas de skatistas e bikers que compareceram ao local.
“Em se tratando de esporte adaptado, o hardcore sitting é o limite do radicalismo e como o brasileiro é radical, é possível praticar a modalidade no país”, disse Moya, que conheceu o hardcore sitting na Califórnia, nos Estados Unidos. Para o atleta Fernando Júnior, de São José dos Campos, as manobras mais difíceis são desafiadoras e, cada progresso, deve ser comemorado. “Quanto mais difícil for a manobra, mais vezes você vai cair, mas isso depende de onde você quer chegar com o esporte”, afirmou.
Apesar do radicalismo extremo, a segurança é o primeiro quesito antes de os atletas entrarem na pista. As cadeiras de rodas utilizadas são as mesmas do basquete adaptado que receberam um reforço extra, caso contrário não aguentariam. Também é obrigatório uso de capacete, cotoveleiras e joelheiras. Fotheringham já sofreu várias lesões ao executar estes truques, incluindo um cotovelo quebrado.
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