“Gostaria de agradecer a vocês por fazer meu voo mais confortável e por me fazer sentir incluída. Como ao saber que o wi-fi não está funcionando, o que vamos comer e se vamos chegar no horário. Todas essas pequenas coisas importam”, contou. No vídeo, Antonia mostra o comissário que a ajudou. “É isso. Simples”.

No post seguinte, ela mostra em detalhes o carinhoso trabalho, com as opções de bebidas e comidas, além de avisos com desenhos fofos: “Quão bonitinho é isso? Gostaria de agradecer a Jan, Len e Anna”.

Ricardo Shimosakai, consultor especialista em acessibilidade e inclusão, e criador da Turismo Adaptado, conta que em suas inúmeras experiências por diferentes companhias aéreas ao redor do mundo, viu poucas iniciativas voltadas ao público surdo.

“Dificilmente você encontrará alguma tripulação habilitada a conversar através de língua de sinais. Já vi em algumas companhias aéreas, instruções de segurança passadas na televisão particular de bordo, mas estes equipamentos geralmente são oferecidos somente em voos internacionais. Também já ouvi falar dessas instruções gravadas em um tablet, que a tripulação oferece ao surdo. Mas a logística não é tão eficiente, pois o surdo precisaria notificar antecipadamente sua condição para que o equipamento seja oferecido, e geralmente essa opção não é divulgada pela empresa. Além disso, a necessidade do surdo não se resume somente às instruções de segurança”, comenta Ricardo Shimosakai.

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