Golfe Adaptado. Uma grande tacada para a inclusão.
A Constituição da República Portuguesa e a Lei de Bases do Desporto enquadram a atividade desportiva como um fator indispensável à formação e integração da pessoa, versando igualmente sobre a prática desportiva de cidadãos deficientes. De igual forma, a Lei de Bases da Prevenção e da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência enquadra a atividade desportiva de pessoas deficientes como elemento fulcral da habilitação e reabilitação destes cidadãos.
A Federação Portuguesa de Golfe tem vindo a desenvolver, há vários anos, um trabalho sistemático com deficientes, nomeadamente através de uma colaboração protocolada com o Special Olympics. Urge, no entanto, estruturar internamente uma sólida capacidade de acompanhamento de instituições que trabalham com pessoas deficientes, de forma a ser alcançado um apoio especializado ainda mais proveitoso.
Acresce que novos desafios se apresentam nesta área da atividade desportiva. Com a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016, reintegrando o golfe como modalidade olímpica, espera-se, igualmente, que o golfe venha a integrar os jogos Paralímpicos, o que convida a um trabalho direcionado para esta realidade. Assim, a Direção da Federação entendeu constituir em 2010 a Comissão de Golfe Adaptado, que integra, no seu seio, o Diretor Técnico Nacional, João Coutinho, mas também e necessariamente especialistas na área da deficiência, como Maria Antónia Machado, Regina Peyroteo e João Pereira.
No âmbito da atividade da Comissão, a Federação Portuguesa de Golfe filiou-se em 2010 no Comitê Paralímpico de Portugal, do qual já é membro de pleno direito. Tem desenvolvido atividades de organização interna, prevendo-se que em 2011 venham a ser emitidos os primeiros passes médicos federativos para jogadores deficientes, contando-se, para o efeito, com a colaboração do médico Miguel Cabral. Também na área do treino, a Comissão tem acompanhado e contado com a colaboração do profissional de golfe Carlos Guerreiro, com uma assinalável experiência de trabalho com praticantes deficientes, nomeadamente surdos, e formação adquirida junto da Real Federação Espanhola de Golfe.
Também na área da formação, espera-se que em 2011 o Departamento de investigação e Formação da Federação venha a integrar nos cursos ministrados pela Federação formação sobre desporto para deficientes. A Comissão de Golfe Adaptado conta apresentar publicamente a sua atividade, realizando um evento aberto a todos e no qual participarão profissionais de golfe, instituições que trabalham com deficientes e, naturalmente, cidadãos deficientes que desejam iniciar-se no modalidade.
Com uma base de trabalho estruturada, espera-se que 2011 venha a ser o ano em que se venham a dar os primeiros passos, que se desejam sólidos e profícuos, no desenvolvimento do golfe para deficientes em Portugal. Naturalmente que a Comissão de Golfe Adaptado da Federação, onde Pedro Vicente é o atual Presidente, deseja ser contatada por todos os que pretendam ou passam vir a colaborar neste desígnio, que deve ser de todos, podendo, para o efeito, ser utilizado o contato geral da Federação.
No Brasil, o primeiro campo municipal de golfe adaptado do Brasil está em Curitiba. O novo equipamento foi construído em parceria da Prefeitura de Curitiba com a Federação Paranaense e Catarinense de Golfe, na praça Plínio Tourinho, no Rebouças, e será usado por escolas que atendem pessoas com deficiência e moradores da região da Vila das Torres.
Segundo o secretário municipal do Esporte e Lazer, Rudimar Fedrigo, o equipamento vai permitir a popularização do golfe e a ampliação da oferta de modalidades esportivas para pessoas com deficiência em Curitiba. A Federação investiu R$ 20 mil na compra de grama sintética, além de ceder tacos e bolas de golfe para a prática esportiva. A partida inaugural aconteceu em novembro de 2010 durante os Jogos Especiais, que reuniram mais de 900 atletas com deficiência. Nove escolas disputaram partidas, nas categorias masculina e feminina.
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Fonte: Golf2all
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