No dia 11 de novembro, durante a conferência Deficiência e Inclusão, a Fundação Gulbenkian recebeu o Selo Acesso, uma distinção que reconhece o esforço na criação de melhores condições e mais  acessibilidade para quem tem necessidades especiais. Guida Faria, presidente da Fundação Liga e que se dedica à causa das pessoas portadoras de deficiência há 60 anos, deixou um apelo às outras organizações do país: “Espero que o exemplo da Fundação Calouste Gulbenkian possa ser alargado a outras fundações.” Ao receber o Selo Acesso, a administradora da Fundação Isabel Mota mostrou-se orgulhosa e deixou a promessa de que a Fundação continuará a melhorar as suas estruturas, para que possa ser acessível a todos.

Acessibilidade na Gulbenkian. O que é que mudou?

A renovação e melhoria das acessibilidades da Fundação Calouste Gulbenkian iniciou-se há uma década. “Esta vontade já é mais notória pelo menos há dez anos”, diz Maria João Botelho, diretora-adjunta dos Serviços Centrais da Fundação, que tem estado ligada a esta mudança. Um processo desta natureza começa, antes de mais, com a vontade de mudar e foi isso mesmo que levou a Fundação a assumir este desafio: “Com a maior consciencialização que a Fundação tem vindo a adquirir, começou-se a reconhecer a necessidade de introduzir estas melhorias no nosso espaço.”

As dificuldades passaram essencialmente pela necessidade e vontade de manter o respeito pelo projeto de arquitetura original e pela sua classificação como monumento nacional. Todas as mudanças deveriam ser feitas sem afetar a beleza da traça original da Fundação. Com isto em mente, foi pelo Jardim que se começaram a fazer estas alterações, quando em 2011 se projetaram as obras que viriam a dar origem a novos caminhos e novos acessos aos espaços exteriores da Fundação, mais favoráveis a quem tem dificuldades na sua mobilidade.

O edifício Sede teve também melhorias, nomeadamente à entrada onde existe agora uma nova rampa de acesso. Em todo o edifício e no Jardim, adicionaram-se novas sinalizações, mais claras e abrangentes; estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida; rampas e, em certas zonas, piso táctil. As alterações estão expostas no Guia Acesso, disponível na Fundação e que também existe em braile.

Estas mudanças nas acessibilidades nascem não só de uma vontade interna da Fundação, mas também das recomendações feitas pela equipa do Selo Acesso, criada em 2010 por membros da Fundação Liga e do Centro Português de Design. O resultado é uma Fundação mais inclusiva e acessível a todos, num processo que culminou com a entrega do Selo Acesso e que promete continuar a melhorar a Fundação Calouste Gulbenkian.

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Fonte: Fundação Calouste Gulbenkian.

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