Não é novidade para ninguém que os padrões de beleza da sociedade em que vivemos são extremamente fechados e arbitrários. E não adianta dizer o contrário, já está impregnado em nosso modo de ser, pensar e agir. Com frequência maior do que se imagina, aqueles que não atendem a esses requisitos homogêneos são rejeitados, excluídos por sua aparência física em detrimento de seu caráter e personalidade, por exemplo.
A série fotográfica “Je t’aime moi aussi – “eu também te amo” – do fotógrafo italiano Olivier Fermariello, revela a proximidade entre as similaridades e as diferenças. Por meio de seu trabalho, ele exclui o preconceito contra pessoas com deficiências e as mostra não só como modelos, mas como seres sexuais, capazes, como quaisquer outros, de se relacionarem e sentirem prazer.
“Eu vejo a deficiência como um espelho para a sociedade”, revela Fermariello. “A maioria de nós pertence aos 99% das pessoas que não se encaixam nos padrões da beleza manipulada. A diversidade assusta as pessoas porque ela reflete nossa aparência, que está longe de ser perfeita. Quando o assunto é sexualidade e deficiência, nós frequentemente nos sentimentos desconfortáveis e não queremos falar sobre o assunto. A diversidade, portanto a deficiência, diz respeito a todos nós de várias maneiras e a sociedade precisa falar livremente sobre tal, de forma a lutar contra seus próprios fantasmas e crescer como unidade”, adicionou.
As imagens retratam cenas muito reais e pessoais do mundo de cada pessoa retratada. A transição entre o ambiente fantasioso e o doméstico toca em nosso dia-a-dia, de casa, quarto, sexo e imaginação. As imagens são uma cortesia do artista e do Photographic Museum of Humanity.
Fonte: A Gambiarra