Fortaleza tem carência de espaços públicos que atendam aos critérios de acessibilidade

por | 11 out, 2011 | Turismo Adaptado | 2 Comentários

Além da escassez de programação voltada para o público da terceira idade, idosos enfrentam o problema de ruas e ambientes fisicamente pouco acessíveis.

Para se divertir, é preciso ir aos locais onde existe programação. Em Fortaleza, esses simples ato pode significar um desafio, especialmente para portadores de deficiências físicas e idosos. “Fortaleza tem uma carência de espaços públicos que atendam adequadamente aos critérios de acessibilidade”, afirma a arquiteta e urbanista Ana Paula Bezerra Costa, que coordena a elaboração dos projetos de arquitetura e engenharia de adaptação das edificações do Governo do Estado aos quesitos da acessibilidade física.

“Possibilitar o acesso físico a todos é abordar as diferenças de padrões diversos, sem discriminar, por meio de soluções inclusivas. É também permitir a autonomia de caminhar sem riscos e sem depender de acompanhantes, e, com isso, obter o direito de dividir democraticamente os espaços da cidade. E desta forma, melhorar a qualidade de vida da população em geral”, complementa.

Segundo Ana Paula, as maiores dificuldades encontradas na capital cearense são calçadas sem manutenção no piso ou com rampas irregulares de garagens; mudanças bruscas do tipo de piso, causando descontinuidade no passeio; elementos mal posicionados, obstruindo o passeio (plantas e árvores ornamentais, postes, mobiliário urbano etc); inclinação acentuada de calçadas e desníveis; mesas e cadeiras (obstáculos temporários) ocupando o espaço da faixa livre de circulação; veículos automotores estacionados nos leitos das calçadas; materiais de construção, lixos e entulhos lançados na calçada; elementos e equipamentos não sinalizados; sarjetas e meio-fios encharcados e inapropriados, com alturas indevidas.

“São alguns dos exemplos das dificuldades de qualquer pedestre nas ruas de Fortaleza, não somente dos idosos, mas de pessoas com mobilidade reduzida, tais como gestantes, pessoas com deficiência, pacientes recém-operados, obesos e muitos outros”, detalha.

Ainda de acordo com a arquiteta, não existem normas de acessibilidade específicas para o idoso. Para ela, planos diretores municipais e legislações específicas (como o Código de Obras ou Edificações, Código de Posturas, Lei de Uso e Ocupação, entre outros), aliados as leis federais e às especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), constituem instrumentos que podem garantir a acessibilidade.

Fique por dentro – Exercícios gratuitos

Em 194 localidades de Fortaleza, o Corpo de Bombeiros desenvolve um projeto de atividades físicas gratuitas à população, voltadas especialmente ao público da terceira idade. São exercícios de baixo impacto, como alongamento e dança. Na praça Luiza Távora (Ceart), eles acontecem às terça e quintas-feiras, às 17 horas. Após uma reforma recente, o local tornou-se exemplo de ambiente bem adaptado à locomoção segura de pessoas com deficiência motora e idosos. Os mesmos tipos de equipamentos também chegaram à Praça Manoel Rodrigues, mais conhecida como Praça da Igreja Redonda, na Parquelândia. Lá, está previsto a implementação de um trabalho de orientação esportiva e de lazer voltado às pessoas mais velhas (nas terças e quintas-feiras, das 6h30 às 7h30; e nas quartas e sextas-feiras, das 16h30 às 17h30). A Praça Eudoro Correia (do Hospital Militar) também conta com equipamentos que atendem ao público idoso.

Fonte: Diário do Nordeste

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2 Comentários

  1. Maria Dulce de Lima

    Nossos políticos não são capazes de enxergar o povo brasileiro…mas querem construir mais estádios,que ficarão como elefantes brancos e não são capazes sequer de reformar escolas,como a tv globo tem mostrado. Acorda gente…2012 é ano eleitoral…NÃO CONTINUEMOS NOS ENGANANDO!!!!

    • Ricardo Shimosakai

      No Brasil há muita politicagem e jogo de interesses, mas pouco planejamento e cooperativismo. O Parque Aquático Maria Lenk, construido para o Panamericanos no Rio de Janeiro, fica praticamente abandonado, enquanto o Cubo D’água, feito para as Olimpíadas de Pequim, virou um grande parque aquático que recebe milhares de pessoas. Nossas lideranças precisam mudar a maneira como pensamos sobre tudo que nos rodeia

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