FMU apresentou maquetes táteis do Carnaval 2011 para pessoas com deficiência visual
O projeto “Carnaval Paulistano – Só Não Vê Quem Não Quer” teve mais uma novidade no Carnaval Paulistano de 2011 com as maquetes de carros alegóricos e as reproduções das fantasias das três escolas de samba participantes, Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e Camisa Verde e Branco.
O projeto é uma iniciativa pioneira da Prefeitura de São Paulo, São Paulo Turismo (SPTuris) e FMU, com apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que levou mais de 50 deficientes visuais e pessoas com baixa visão para as quadras e ensaios das três escolas.
Antes de assistirem aos desfiles, no Sambódromo do Anhembi, os participantes do projeto puderam manusear e conhecer de perto as réplicas das fantasias e as maquetes dos carros alegóricos, que foram apresentados por alunos dos cursos de Moda e Arquitetura da FMU, com os mesmos materiais utilizados nos originais.
Alunos e professores puderam expor e testar uma parte de seus trabalhos, com a visita de participantes do projeto do Carnaval, pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Nas oficinas de Arquitetura, foram exibidos os três miniaturas de carros alegóricos – ainda não finalizados, para não estragar a surpresa do desfile -, além da maquete e um mapa tátil do Sambódromo Paulistano.
A deficiente visual Maria Regina Lopes Silva, que trabalha na Fundação Dorina Nowill como assistente social, foi conhecer o trabalho dos alunos e ficou encantada. “A maquete do Sambódromo é perfeita. Os detalhes são ricos. Agora, eu tenho a noção de onde ficam a entrada, a concentração, a dispersão, enfim, toda a dimensão do espaço por onde passa o Carnaval de São Paulo”, comenta.
Aluna do quarto semestre do curso de Moda, Gabriela Oliveira é uma das responsáveis pela reprodução da fantasia “Ali Babá dos Tempos Modernos”, da Rosas de Ouro, e se mostrou orgulhosa com o projeto. “Conseguimos reproduzir da melhor maneira possível, não esquecendo os pequenos detalhes, e com o cuidado de mostrar as texturas e as pequenas peças bordadas na fantasia”.
Para a coordenadora do curso de Moda da FMU, Romy Tutia, os alunos resolveram bem as questões relacionadas ao projeto, da observação de uma fantasia em tamanho real e a decisão de como transformá-la em uma reprodução menor, para vestir uma boneca de 40 centímetros.
“Os estudantes souberam escolher os materiais que seriam utilizados e as cores específicas para os que possuem baixa visão perceberem os detalhes das fantasias. Pela experiência que tiveram – de mostrar as bonecas, mesmo parcialmente prontas, para as pessoas com deficiência visual -, posso dizer que ficaram satisfeitos, porque o objetivo foi alcançado. Eles conseguiram perceber a quantidade de detalhes, o volume, a altura e a forma dessas fantasias”, enfatiza a professora.
Para Gabriel Henrique Presto, aluno do quinto semestre de Arquitetura e Urbanismo, participar do projeto provou que é possível demonstrar trabalhar os outros sentidos, além da visão. “Aprendi a mostrar a Arquitetura de outra forma. Foi a melhor experiência da minha vida, pois reuni muitas coisas nesse projeto”, diz.
“Para o aluno de Arquitetura e Urbanismo, é fundamental a percepção de que a sociedade tem diferentes deficiências. Essa realidade o leva ao início do despertar da sua capacidade de desenvolver projetos e modelos para essa parte da sociedade que ainda não está integrada nos eventos sociais e nos diversos espaços da cidade”, frisa a coordenadora do curso, Paula Katakura. O projeto “Carnaval Paulistano – Só Não Vê Quem Não Quer” contou com a participação voluntária de mais de 100 alunos da FMU.
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Fonte: Casa da Notícia
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