Estudos de Bernd H. Schmitt, professor de negócios internacionais da Universidade de Columbia, em Nova York, demonstram que as experiências e percepções do consumidor possuem intensidades distintas.Revelam que o homem lembra-se de 1% do que sente, 2% do que ouve,5% do que vê, 15% do que experimenta e 35% do que sente o cheiro. Desta forma pode-se dizer que as experiências sensoriais podem trazer de volta memórias, emoções e estímulos consequentemente resultantes.
O cheiro é uma arma poderosa que não é suficientemente explorado. Os lugares têm odores peculiares produzidos por certos fatores. As experiências sensoriais dos destinos colocadas em prática na percepção dos turistas podem servir como poderosas campanhas de marketing, especialmente em produtos como o café e o vinho.
Para além do enfoque econômico, o turismo sensorial promove inclusão na medida em que descortina sabores, aromas e sensações particulares dos locais a serem visitados por um público crescente que busca ter acesso a lazer e cultura como direitos.
Neste sentido a Flanar Turismo apresenta uma proposta nova. Propõe uma experiência de TURISMO SENSORIAL ADAPTADO para que deficientes visuais conheçam os segredos de um bom café da lavoura à xicara.
O cheiro é uma arma poderosa que não é suficientemente explorado
As atividades aconteceram na ultima sexta-feira (10), em propriedade produtora de cafés especiais, no município de Araguari, inserida na região do Cerrado Mineiro responsável por produzir o primeiro café com indicação geográfica, garantindo-lhe qualidade e identidade.
O cafezinho consumido diariamente teve outro sabor, pois foi acompanhado por uma contextualização histórica fascinante, conhecimento técnico e experiências in loco que permitiu aos participantes, por meio de metodologia de trabalho adaptada às especificidades do grupo, sentir desde a cereja de café madura no cafeeiro, a secagem certa no terreiro, o café despolpado, o processo de seleção de grãos, os níveis de torra até as provas de qualidade da bebida.
Trata-se de uma ação de inclusão social sem fins lucrativos que conta com o apoio dos seguintes parceiros: ADEVIUDI (Associação dos Deficientes Visuais de Uberlândia), Superintendência da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Uberlândia e Vereadora Glaucia da Saúde.
Segundo Juliano Tarabal, Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado , “A ação empreendida pela Flanar Turismo, além da grande importância de cunho social e cultural em trabalhar com deficientes visuais, trabalha um importante vetor de desenvolvimento da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro que é o Turismo.
“O agroturismo, voltado para a Denominação de Origem – D.O, trabalha todo o aspecto cultural e de valorização da origem, Região e Produtores. Para os turistas, participantes destas ações é proporcionada uma experiência única que é o contato com o campo, com produtos de alta qualidade e o café neste caso, uma cultura riquissima que faz parte da história de nosso país e é fundamental em nossa Região, o Cerrado Mineiro D.O”, finaliza Juliano,
Fonte: Jornal Turismo&Eventos