Harriet Frankovitz (Evan Rachel Wood) não é uma criança como as outras que ela encontra na sua escola, ela tem uma enorme criatividade e sensibilidade. Ela é posta de parte, não tem com quem brincar, chega a pensar que foi abandonada por extraterrestres. Ela vive no hotel da família com a sua mãe (Cathy Moriarthy) que é alcoólica e a sua irmã mais velha (Mary Stuart Masterson) que teima em ter muitos namorados.
Isolada de todos, Harriet deixa a sua imaginação ir mais além, tenta estabelecer contacto com os extraterrestres para que estes a “salvem”, tenta vender pedras à beira da estrada para poder fugir ao pesadelo que a sua vida é. Para ela a melhor solução para os seus problemas será cavar um buraco gigante no chão até chegar à China, o único sitio onde, ela acredita que a puderam entender.
Eis que um certo dia Harriet conhece Ricky Schroth (Kevin Bacon), um adulto com mente de criança. Desde logo simpatizam um com o outro, apesar dos seus corpos denunciarem as diferenças de idades, a verdade é que os seus mundos são muito parecidos e a inocência e a amizade são as bases da sua amizade.
Juntos fazem vários planos, partilham emoções e ideais de vida. Quem não gosta do relacionamentos destes dois é a família de cada um. A família de Harriet porque não entende que apesar de Ricky ter um corpo de adulto a sua cabeça funciona como uma criança e não tem maldade ou segundas intenções para com a pequena Harriet.
A mãe de Ricky, é muito doente, e tem receio que a rebeldia e irreverência de Harriet traga algo de mau para o seu filho. A sua intenção até é a de internar o filho num centro.
A certa altura, dá-se uma reviravolta, algo vai mudar os destinos das personagens, a morte da mãe de Harriet, anuncia verdades escondidas e todas as concepções de Harriet terão de mudar. É com esta situação que Harriet pela primeira vez foge de casa por mais tempo e acompanhada de Ricky, mas o que no início começa por ser a maior aventura das suas vidas quase vira uma tragédia.
Este é um filme simples, sobre a amizade, sobre a capacidade de aceitar os que são diferentes, de integrá-los na nossa vida. É um filme contudo forte pelas excelentes representações que apresenta. Kevin Bacon brilhante na pele de um adulto atrasado mental, e a pequena mas grande Evan Rachel Wood, que se mostra desde já uma excelente actriz, tanto por este como por todos os outros papeis que já desempenhou.
Fonte: Cine7
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