Fernando Fernandes e Laís Souza no Fantástico
Em uma conversa de peito aberto, Laís Souza e Fernando Fernandes abrem o coração falando sobre acessibilidade, superação, transformação, sonhos e amor, no segundo episódio do quadro “Você por aqui?”. (clique no link em vermelho ou em cima da foto para assistir)
Lais da Silva Souza nasceu em 13 de dezembro de 1988 em Ribeirão Preto. Atleta da ginástica artística, fazia parte da seleção brasileira, e competiu no Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 e Pequim em 2008. Ficou fora dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012 por causa de uma lesão na mão esquerda. Lais passou a treinar para competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi em 2014 na modalidade esqui aéreo, e num dos treinos, por distração, acabou batendo com força em uma árvore e ficou tetraplégica.
Fernando Fernandes nasceu em 28 de março de 1981, era modelo internacional e ficou conhecido quando participou da segunda edição do Big Brother Brasil. Num dia, após um exaustivo treino físico preparatório para uma campanha de perfumes, seu pai chamou para um jogo de futebol. Depois do jogo, voltando para casa de carro ele desmaiou no volante, e por descuido não estava usando o cinto de segurança. Se lembra de ter acordado já no hospital e sem os movimentos da perna, ficou paraplégico.
Fernando Fernandes diz: “enquanto as pessoas com deficiência forem marginalizadas na sociedade, forem vistas como incapazes, não vai haver investimento”, criticando o preconceito em relação às pessoas com deficiência em geral. O desabafo continua “eu não aguento mais ser exemplo de superação, eu não sou exemplo de superação, eu sou muito bom no que eu faço”.
Lais Souza também desabafa a respeito dos altos custos da vida de uma pessoa com deficiência: “As coisas são muito caras. Então assim, para eu ter um cuidador é muito dinheiro, para eu ter uma cadeira que eu possa me movimentar sozinha é muito dinheiro”. Também confessa ainda estar meio perdida: “Eu não tenho um objetivo fixo hoje, primeiro eu achei que ia para o esporte de novo, ai eu… não, não é bem isso que eu quero. Ai depois, não, vou estudar, vou focar, vou isso… entendeu, então assim, ainda vem acontecendo, diferente de você que já chegou, que já enxergou, eu ainda não. Eu acho que ainda tenho muito a aprender com você, com milhões de cadeirantes”
Fernando Fernandes puxa a conversa para falar de amor: “A vida amorosa na verdade foi uma descoberta, uma redescoberta para mim. O mesmo medo que eu tinha de voltar a andar era o medo em relação a essa parte sexual, essa parte de relacionamento, para mim era tudo uma incógnita. Eu comecei a ver que era simplesmente uma outra forma, talvez um pouco diferente, mas ela não mudava em relação a sentimento”.
Lais Souza devolve com sua história: “Eu venho, mesma coisa, descobrindo muitas coisas, também estou conhecendo uma pessoa já tem um ano e seis meses mais ou menos que eu estou com ela. É um amor, um carinho assim, muito especial, os prazeres são realmente diferentes do que era antes, é gostoso estar amando, é gostoso você se sentir feliz com alguém. Agora é momento da Lais mais mulher”.
Atualmente Fernando Fernandes tem como uma nova paixão o kitesurf. O encontro com o novo esporte é recente, decisão tomada no início do ano, e fez com que ele precisasse praticamente abandonar a paracanoagem, modalidade pela qual conquistou nada menos que quatro mundiais, três pan-americanos, quatro sul-americanos e cinco brasileiros. Também segue em evidência como apresentador do programa Além dos limites, no Canal Off, e do quadro “Sobre rodas”, no Esporte espetacular, da Rede Globo, ambos sobre esportes radicais adaptados (de bike a esqui) e com temporadas confirmadas para 2019.
Lais Souza se mudou para a orla da praia de Itaparica em Vila Velha no estado de Espírito Santo, junto com sua namorada Paula, seu cachorro Golden Retriever e um gato vira-lata. Ela recebe uma pensão vitalícia do governo federal (que, em 2019, passou para 5.839,45 reais), tem um patrocinador fixo e faz palestras esporádicas para cobrir as despesas mensais que incluem 2.000 reais só com sonda para urinar.
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A é ela só recebe (5.839,45 reais) coitada e meu esposo na mesma situação recebe 980.00 e ele também é ser humano é também contribuiu com inss mais claro não é famoso.
Triste deveria ter igualdade imagina bancário sonda e remédios e outros com 980.00 além de ter aluguel, agua, luz. Muito triste
Nosso país precisa repensar as condições ao oferecer benefícios
E se ela fosse de classe média ou pobre,como seria????
Como seria não se pode dizer, depende de muitas coisas. Mas independente da condição financeira, os direitos deveriam ser iguais. E vimos que isso não foi o que aconteceu.