A professora Luziane Albuquerque, moradora da Cidade de Castilho-SP, 30 Km de Três Lagoas- MS ficou insatisfeita com a organização do aeroporto Municipal Plínio Alarcon e com os serviços das companhias aéreas que operam no local, ela diz que há uma grande necessidade de haver um treinamento mais eficaz dos funcionários que auxiliam o embarque e desembarque de passageiros cadeirantes, como é o seu caso.
Luziane veio de João Pessoa/Paraíba no dia 22 de janeiro de 2014 e segundo ela, os funcionários da companhia aérea Passaredo e também do aeroporto Plínio Alarcon, não possuem preparo para o atendimento a pessoas portadoras de necessidades físicas.
“Me colocaram numa cadeira, não tão adequada, e na primeira tentativa iam me descer pelas escadas com o corpo voltado para a frente, mas não me senti segura e pedi para inverterem a posição, foi quando deu certo. Os funcionários não tem culpa, se esforçaram, foram atenciosos, mas precisam de treinamento e são as companhias aéreas e o próprio aeroporto que devem investir nessa qualificação das equipes”, frisou Luziane.
Na data do embarque (24 de dezembro), para João Pessoa, também pela Passaredo, a professora conta que também acabou enfrentando uma situação nada confortável, quando foi colocada no interior do avião sentada numa cadeira comum de escritório, pois o aeroporto não dispunha da cadeira de rodas especial.
Em contato com a Passaredo
Um atendente da companhia explicou que os aviões da operadora são do modelo ATR e podem transportar até 70 passageiros, sendo que essas aeronaves foram projetadas para atender as companhias regionais e operar em pistas de pousos curtos, e por isso os aviões não possuem um espaço específico para cadeirantes. Os portadores de necessidades especiais são deslocados e colocados em uma cadeira comum quando no guia do passageiro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil, pág. 39) diz que “O usuário de cadeira de rodas deve ser acomodado em assento especial, dotado de braços removíveis, próximo ao corredor, localizado da primeira a terceira fileira da aeronave, de acordo com a classe escolhida”.
Não foi informado a equipe de reportagem se essas aeronaves podem passar por mudanças, para oferecer lugares especiais com os recursos recomendados.
Sobre o embarque e desembarque
Quanto ao fato dos passageiros especiais serem embarcados “pelo braço” o atendente da operadora informa que esta é a única forma oferecida pela empresa por enquanto, sendo que no guia da Anac está claro que deverão ser promovidos veículos equipados com elevadores ou com outros dispositivos apropriados, para efetuar com segurança, o embarque e desembarque de pessoas portadoras de deficiência física ou mobilidade reduzida.
Há também um parágrafo dizendo que o passageiro poderá utilizar a cadeira de rodas ou outras ajudas técnicas (bengalas, muletas, andadores e outros) para locomover-se até aporta da aeronave, desde que o equipamento passe pela inspeção de segurança do aeroporto. Ou seja, outras formas de mobilidade podem ser utilizadas desde que haja preparo dos prestadores de serviço e total segurança para o passageiro especial.
A Anac disponibiliza o telefone para os passageiros que queiram fazer sugestões, reclamações e até mesmo denuncias. Reclamações 0800 725 4445 (com informações do Hoje Mais)
Fonte: Rádio Caçula