Esgoto no rebaixamento de guia. Não é difícil encontrar poças de água nos locais que possuem rebaixamento de guia da calçada para a travessia de pedestres. Isso acontece porque um “vale” é criado no encontro do rebaixamento da calçada com a inclinação da rua.

Por causa disso, o acúmulo pode acontecer mesmo em dias secos, com o despejo de esgoto ou qualquer líquido ou água que vá para a rua. Como uma cadeira de rodas não pode pular por cima da água, o cadeirante é obrigado a passar por cima desses líquidos ou arranjar outro caminho alternativo.

A água de rua e principalmente o esgoto contém muitas bactérias que podem causar doenças. O cadeirante fica muito mais vulnerável, pois o esgoto que molha a roda, com certeza também irá molhar as mãos daqueles que empurram sua própria cadeira de rodas, e essa mão molhada e suja, além de atrapalhar muito o desempenho na condução da cadeira, também pode ir para outros lugares mais vulneráveis como boca, olhos, nariz com um simples gesto.

Ainda mais passar para outras pessoas, num aperto de mão, ou depois de já seco e esquecido, utilizar suas mãos para se alimentar ou qualquer outro tipo de atividade. Eu (Ricardo Shimosakai), sempre carrego em meu estojo de materiais higiênicos (necessaire), um pequeno frasco de álcool em gel.

Mas lavar as mãos com água e sabão é fundamental para a remoção da sujeira, de resíduos que ficam na pele. O álcool em gel, por sua vez, tem a finalidade de desinfectar, de reduzir o número de bactérias presentes na região.

É preciso criar alternativas para que a travessia da rua seja facilitada, mas sem que seja necessário passar por esse tipo de situação. Os bueiros podem evitar que a água e esgoto alcancem esse ponto, mas isso depende também de qual direção o líquido está vindo, e nem todas as esquinas têm um bueiro do lado. A Turismo Adaptado costuma avaliar casos desse tipo e criar alternativas que são passadas em nossos cursos e consultorias.

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