Quem disse que pessoas com deficiências não podem brilhar nos palcos? Entre os dias 9 e 11 de dezembro, a segunda edição do ciclo ||Entre|| Arte e Acesso discute a acessibilidade no teatro, dança e música com uma programação no Itaú Cultural. A entrada é Catraca Livre, com distribuição de ingressos duas horas antes de cada sessão para pessoas preferenciais e uma hora antes para o resto do público. Todas as atrações são traduzidas em Libras e audiodescrição.

Um dos destaques é o espetáculo teatral “Avental Todo Sujo de Ovo”, da trupe cearense Ninho de Teatro, com texto de Marcos Barbosa e direção de Jânio Tavares. A peça revela o drama de Alzira e Antero que esperam pelo filho Moacir, desaparecido há 19 anos. Eles compartilham sua dor com a comadre Noélia.

O cotidiano da família é alterado  com a inesperada chegada de Indienne Du Bois. O elenco conta com a participação de Edceu Barboza, Joaquina Carlos, Rita Cidade e Zizi Telécio.

Outra atração teatral é “Volúpia da Cegueira”, da carioca Documental Cia., com direção de Alexandre Lino. A montagem quebra tabus ao revelar as fantasias sexuais de quatro personagens cegos em um jogo erótico-afetivo. O elenco é formado por Moira Braga, Felipe Rodrigues, Max Oliveira e Aléssio Abdon.

A artista paulistana Estela Lapponi apresenta o experimento “Solos”, que mistura dança contemporânea, performance e artes visuais. No espetáculo, ela cria uma paisagem sonora que remete à praia. Já o coreógrafo norte-americano Antoine Hunter, que é surdo, também encena um solo de dança. Ele é fundador da Urban Jazz Dance Company.

O ciclo ainda conta com os shows de Dudu do Cavaco – um músico com Síndrome de Down que toca sete instrumentos – e “Batuqueiros do Silêncio”, com alunos surdos do projeto pernambucano Som da Pele; uma jam session de Paola Miranda e Renan Sant’Ana, do Alma de Batera; e bate-papos sobre acessibilidade.

Fonte: Catraca Livre

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