Embarques e desembarques do Brasil à Alemanha. A acessibilidade em aeroportos e Companhias Aéreas.
Por Frederico Rios
Buenas!
No início de abril, fui à Alemanha realizar um tratamento com células tronco, numa clínica chamada XCell-Center. Como não poderia deixar de ser, fiquei de olho na acessibilidade no decorrer da viagem e resolvi compartilhar com vocês minhas experiências, como cadeirante, nos aeroportos pelos quais passei.
Vamos viajar!
Embarque em Campo Grande
Estava chovendo no momento do embarque em Campo Grande. Molhei um bocado, pois o guarda-chuvas não oferece muita proteção. Tive que ser carregado, na minha própria cadeira, pela equipe da Companhia Aérea até a entrada do avião. O piso da escada não era antiderrapante. Se qualquer uma das pessoas que me carregavam escorregasse, seria queda na certa.
Geralmente, quando a Companhia é informada que haverá um passageiro com deficiência à bordo, são reservadas as primeiras poltronas da aeronave para tais pessoas e para, pelo menos, um acompanhante. A transferência da cadeira de rodas para a poltrona foi realizada pelos funcionários da empresa. Quem é cadeirante, percebe se a pessoa foi treinada ou não para este tipo de situação. Neste caso, acredito que não.
Conexão em São Paulo (Guarulhos)
Um ambulift, que é um carro-elevador, foi utilizado para realizar o desembarque da aeronave. Muito mais confortável e seguro do que ser carregado. Com a cadeira de rodas travada e o cinto de segurança afivelado, me senti seguro no transporte até o saguão do aeroporto. Vale ressaltar que esta “sensação de segurança” depende do tipo da deficiência ou mobilidade reduzida de cada pessoa, pois envolve, por exemplo, equilíbrio, sensibilidade e controle de tronco.
Na operação de descida com o ambulift, o barulho é alto e balança um pouco, mas é melhor do que ser carregado nos braços. Ao ser questionado, o operador do equipamento nos informou que o “ambulift” pertencia à Infraero, e que o da Companhia (TAM) estava em manutenção já havia algum tempo. É um único equipamento para atender todo o aeroporto de Guarulhos!
O embarque foi realizado pelo finger, uma passarela que conecta a área de embarque à aeronave. Sem degraus e sem risco de se molhar em caso de chuva. Esta Companhia disponibiliza uma cadeira de rodas mais estreita e com cintos de segurança, permitindo o trânsito entre as poltronas do avião sem ser carregado nos braços. Como minha poltrona era próxima à porta do avião, meu irmão preferiu me carregar. Neste caso, eu também achei melhor.
Conexão Amsterdã (Holanda)
No desembarque no aeroporto de Amsterdã, utilizamos a cadeira de rodas mais estreita. Depois, realizei a transferência da cadeira estreita para a minha cadeira de rodas. Também havia um finger para o desembarque. No ambulift, quando me dirigia ao embarque, estava junto com outros dois cadeirantes e nossos acompanhantes.
Desembarque em Colônia (Alemanha)
Fiz a transferência da poltrona do avião para uma cadeira de rodas estreita, disponibilizada pela Companhia. Neste aeroporto, existe uma equipe especializada para lidar com as pessoas deficientes e mobilidade reduzida, identificada pelo colete. Já no solo, fui carregado pela equipe do aeroporto.
Embarquei na van, exclusiva para transportar os cadeirantes com segurança até o saguão. A equipe é responsável por levar o cadeirante até a parte externa do aeroporto, auxiliando também com a bagagem se necessário. Não é permitido nem ao acompanhante realizar este trabalho.
Concluindo
Considerando apenas os embarques e desembarques, deixando de lado a acessibilidade das outras estruturas dos aeroportos, concluí que dois fatores são indispensáveis para uma boa acessibilidade: “estrutura física” e “equipe especializada”.
Não basta apenas proporcionarmos simplesmente o acesso das pessoas, mas este deve ser “seguro”, respeitando os vários tipos de deficiência e mobilidade reduzida.
Na minha opinião, para os aeroportos que não possuem plataforma de embarque e desembarque, o “ambulift” é a solução mais adequada, facilitando a vida de cadeirantes (nos seus diversos tipos de comprometimento motor), idosos, gestantes, deficientes visuais e várias outras pessoas com dificuldade de locomoção.
Fonte: Acessibilidade na Prática
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Frederico…parabe’ns por iniciativa de compartilhar.estou preocupadissima com minha mae, que por coincidencia vira’ de Campo grande,MS -Goiania.o voo e’ direto.mamae e’ idosa 76 anos, esta’ com fratura do femur,usando cadeira de rodas exatamente hoje 1 mes.vira’ acompanhada por sobrinha que ainda nao viajou de aviao.qual seria a melhor empresa?pesquisando vi que a AZUL,TAM sao as melhores.sera’ necessario o MEDIF?as empresas so’ respondem quando as passagens sao compradas.Grata,atenciosamente,Rosemary
Olá, aqui é Ricardo Shimosakai, que coordena esse portal. Frederico escreveu a matéria, mas ele não recebe as mensagens postadas aqui diretamente. Mas a Turismo Adaptado, da qual sou diretor, também é uma agência de viagens. Então se quiser comprar a passagem conosco, lhe daremos todas as orientações. Entre en contato através do email [email protected]
Obrigado