Embarque de cadeira de rodas no avião
Diferente das malas que são taxadas para este serviço, não há custo nenhum para o embarque de cadeira de rodas, andadores, carrinhos de bebês, ou outros acessórios considerados de primeira necessidade.
Muitas companhias aéreas contratam empresas terceirizadas para fazer o serviço de embarque e desembarque de bagagem. Infelizmente, a maioria das empresas e funcionários não sabe manusear equipamentos, como cadeira de rodas.
Na verdade, muitas pessoas nem dão a devida importância para a cadeira de rodas, não entendem que ela é como se fosse parte do corpo de uma pessoa que não consegue andar, funcionalmente substituindo as pernas que não conseguem mais caminhar. Lidam como se fosse um simples objeto, que pode se consertado ou substituído.
O embarque de cadeira de rodas motorizadas tem um risco maior de serem danificadas se mal transportadas, pois além de muito mais pesada (uma cadeira de rodas motorizada pesa em média 60kg), ela tem pontos mais frágeis, como o controle de velocidade e direção, semelhante a um joystick de videogame.
Não existe um procedimento padrão para o embarque de cadeira de rodas no avião. Cada companhia aérea tem seu próprio procedimento. Em alguns países no exterior, o procedimento de embarque e desembarque de passageiros com deficiência, é responsabilidade do aeroporto. Na maioria, existe uma equipe específica para fazer este serviço para todas as companhias aéreas. Em Portugal este departamento se chama My Way e na Espanha chama Sin Barreras.
“Já viajei em uma companhia aérea na Colômbia que faz um check-list da sua cadeira, antes que ela seja despachada. Assim marcam todas as partes danificadas em um documento, para utilizá-lo como um comparativo caso haja alguma reclamação no momento do desembarque”, comenta Ricardo Shimosakai que acumula milhares de horas de vôo em dezenas de companhias aéreas e aeroportos ao redor do mundo.
Você pode ficar com sua cadeira de rodas própria até a hora de embarque, ou pedir uma cadeira de rodas manual fornecida pela companhia aérea. Na hora do embarque, junto à porta da aeronave, é feito o procedimento de transferência para a poltrona, e dai a cadeira de rodas é encaminhada para o porão. No desembarque acontece o procedimento inverso, onde levam a cadeira de rodas até a porta da aeronave, e depois é feito o procedimento de transferência da poltrona para a cadeira de rodas.
O conselho da Turismo Adaptado, assimilado pelas inúmeras horas de voo de Ricardo Shimosakai, que também já passou pelas mais diversas situações em aeroportos, é o seguinte: sempre depois que desembarcar da aeronave e receber sua cadeira de rodas, cheque se ela não foi danificada em nenhum ponto e se está conseguindo rodar sem nenhuma dificuldade. Caso encontre algo diferente, notifique a algum funcionário da companhia aérea.
Geralmente na área onde se pega a bagagem, tem um setor específico para reclamação de extravio ou danificação de bagagens. A companhia aérea deve fornecer um documento da ocorrência, mas se eles não fornecerem, exija isso. Documente através de fotos as partes danificadas, se possível. Tudo isso deve ser feito antes de sair da área de desembarque, pois uma vez que você já tiver ido embora, a companhia aérea geralmente alega que você pode ter inventado esta história e não irão mais te indenizar.
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