O Ministério do Turismo celebrou, nesta terça-feira (27), o Dia Mundial do Turismo com uma cerimônia em Brasília. Este ano, a data foi dedicada ao tema Turismo para todos: promover a acessibilidade universal. A pasta tem buscado garantir a acessibilidade a todos, independentemente das diferenças, apoiando projetos que visem à acessibilidade urbana, à adaptação de atividades turísticas e à sensibilização e disseminação de orientações acerca da acessibilidade nos mais diversos setores ligados direta e indiretamente à atividade turística.
Para dar cada vez mais oportunidade de turismo para todos, o MTur investiu R$ 75 milhões em obras estruturais adaptadas para pessoas com deficiência. Além disso, uma cartilha foi lançada com dicas para atender melhor aos turistas. A visão do MTur é que o Turismo seja uma via de inclusão, entendendo que o turismo social é uma forma de turismo acessível a todos os cidadãos em seus tempos livres, sem discriminação de acessos de qualquer natureza.
Alinhado ao tema, o ministro interino do Turismo, Alberto Alves, lançará, durante a cerimônia desta quarta, um vídeo sobre acessibilidade e inclusão no turismo. Entre os convidados para o evento estão a atleta paralímpica do Tiro com Arco, Jane Karla, a secretária especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Justiça, Rosinha da Adefal, e o diretor executivo da Organização Mundial do Turismo, Márcio Favilla.
Veja 4 destinos líderes em acessibilidade no Brasil
– Foz do Iguaçu (PR)
Para admirar as quedas d’água das Cataratas do Iguaçu, o parque oferece um sistema de transporte adaptado, os ônibus saem do centro de visitantes e levam até a trilha e a passarela da Garganta do Diabo. Cadeirantes têm acesso garantido no passeio de barco Macuco Safari, que possui estruturas adaptadas. A equipe do parque estuda aprimorar os espaços e ofertar melhores condições e acessibilidade não só aos deficientes físicos, com instalação de placas e painéis em braile, por exemplo.
– São Paulo (SP)
Turistas e paulistanos com deficiência visual poderão aproveitar 25 atrativos que formam o Roteiro de Arquitetura pelo Centro Histórico da cidade. Este é o primeiro de nove roteiros temáticos a ser audiodescrito. O Mapa das Sensações também possui audiolivro que captam variadas sensações de São Paulo com nuances de cada um dos cinco sentidos. Desenvolvido pelo Instituto Mara Gabrilli, o Guia de Acessibilidade Cultural/SP oferece informações sobre acessibilidade em 315 dos equipamentos culturais da cidade.
– Salvador (BA)
A cidade inaugurou sua primeira rota de acessibilidade do Centro Histórico. A rota, que possui aproximadamente um quilômetro de extensão, permitirá que baianos e turistas com deficiência ou mobilidade reduzida tenham acesso às principais ruas do Centro Antigo.O Pelourinho também recebeu obras, vias foram recuperadas e as calçadas alargada para receber a rota que beneficia os deficientes, mas também os idosos, as gestantes, pessoas com carrinhos de bebê, todos aqueles que por algum motivo têm dificuldade de locomoção.
– Uberlândia (MG)
Modelo de acessibilidade, a cidade possui rampas de acesso em todas as esquinas, 100% da frota de ônibus esta adaptada com elevadores, há piso tátil em todas as calçadas, terminais rodoviários, lojas e prédios públicos. E toda obra de uso público precisa de um plano de mobilidade e de vistoria do Núcleo de Acessibilidade para receber aprovação para construção.
O site Oyster fez um ranking com as quatro cidades do mundo mais acessíveis para quem tem deficiência física:
– Seattle, Estados Unidos
A cidade tem uma área metropolitana bastante concentrada e, as linhas de metrô, diferentes de cidades com urbanizações mais antigas como Nova York e Boston, já foram planejadas dentro dos padrões mais modernos de acessibilidade.
– Montreal, Canadá
Montreal possui sete estações de metrô totalmente acessíveis por meio de cadeiras de rodas e esse número tem tudo para aumentar. A cidade também conta com uma série de atrações acessíveis como jardins, museus de arte e catedrais.
– Las Vegas, Estados Unidos
Além de possuir acomodações e serviços de transporte adaptados, até os cassinos contam com rampas e elevadores de acesso. Inclusive, algumas das máquinas caça-niqueis contam com sistema de áudio para que deficientes visuais também possam jogar.
– Londres, Reino Unido
Apesar de Londres ter sido a primeira cidade urbanizada do mundo, ela foi capaz de se atualizar com sucesso na questão da acessibilidade. Atrações como a catedral de St. Paul, a London Tower e até o London Eye hoje são todas acessíveis.
Fonte: Mercado e Eventos