Desafio do motorista cego prova que para dirigir não é preciso de visão, mas sim de condições adequadas

por | 12 fev, 2011 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

Em dezembro de 2010, um piloto dirigiu vendado um Volvo C60 para um comercial. A confiança no veículo e nas suas habilidades atrás do volante é realmente importante nos momentos difíceis que aparecem nas estradas. Porém, seria possível confiar o suficiente em capacidades próprias a ponto de guiar vendado? Essa questão pode não ter passado na cabeça do neo-zelandês Jonny Reid. O piloto profissional de 27 anos colocou um Volvo S60 novinho na reta para divulgar uma propaganda da marca.

De acordo com a organização do evento, Jonny não completou “de primeira” a volta na pista de Hampton Downs em Auckland, mas quando terminou, fechou um tempo de 1min28s0 com uma velocidade máxima alcançada de 193 km/h. A Volvo disse que o piloto foi guiado apenas pelas sensações sentidas no carro, seu conhecimento sobre a pista e pela voz do co-piloto Earl Bamber. O modelo 2011 do S60 ganhou algumas opções de motorização, como o 1.6 diesel de 115 cv e o 3.0 turbo com 304 cv de potência.

No entanto, no caso de Mark Anthony Riccobono, o assunto fica um pouco mais delicado. Sem a ajuda de nenhum co-piloto e munido de um sistema com tecnologia para deficientes visuais, Mark pilotou um Ford Escape hibrido por 2,5 km na pista de Daytona, Estados Unidos. E o detalhe, claro, é que ele realmente não enxerga.

Mark é executivo e comanda os setores de tecnologia e pesquisa da NFB (sigla para, federação nacional dos portadores de deficiência visual), sua atuação fez parte de uma demonstração pré-corrida em Daytona. O piloto também desviou de alguns obstáculos que estavam na pista e outros que foram colocados aleatoriamente em frente ao carro, como uma van, que foi ultrapassada sem grandes problemas por Mark.

O sistema auxiliar colocado no Ford Escape utilizava sensores a laser que convertiam informações sobre a rota feita pelo carro para um computador, dentro do carro. O computador, por sua vez, emitia sinais vibratórios para as luvas do piloto, indicando o lado correto que o volante deveria ser esterçado e outra faixa vibratória no assento, que indicava quando acelerar, diminuir ou parar o automóvel.

Esse evento foi parte do “Blind Driver Challenge” (desafio do motorista cego, em tradução livre) que foi desenvolvido pela NFB, visando incluir motoristas portadores de deficiência visual no mundo dos carros. “Esse projeto mostra para todos que as pessoas cegas podem fazer as mesmas coisas que as outras pessoas. Desde que tenham acesso a informação e a meios não visuais. Hoje mostramos essa verdade para a nação e para o mundo”, disse Riccobono.

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Fonte: Carro Online

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