Deputada cadeirante tem problemas para desembarcar de avião em SP
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), portadora de tetraplegia, afirma ter esperado duas horas para conseguir desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na noite desta quarta-feira (2). Segundo a assessoria de imprensa da deputada, ao chegar de Brasília em um avião da TAM, por volta das 21 horas, ela ficou dentro da aeronave à espera de um ambulift – veículo motorizado, com elevador, que transporta passageiros com deficiência em locomoção.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da TAM informou que estava apurando o que ocorreu e até as 8h50 desta quinta-feira (3) não havia dado retorno sobre o caso.
Segundo a deputada, que faz uso de uma cadeira de rodas, além da falta do equipamento, a aeronave não parou junto ao finger – túnel que leva os passageiros diretamente do avião ao terminal. “Queriam me carregar pelas escadas do avião, escorregadias, debaixo de muita chuva. Não aceitei e disse que não sairia do avião enquanto não houvesse segurança”, disse a deputada.
Ainda, segundo Mara, teria ocorrido inclusive “pressão psicológica” para que ela descesse carregada. “Afirmaram que poderia levar mais de três horas até que um ambulift chegasse ao local, mas insisti que não desceria carregada”, conta.
Para Mara Gabrilli, a situação atual é de total descaso com os passageiros que possuem deficiência. “Apenas o aeroporto de Brasília recebe 30 passageiros cadeirantes todas as noites. Segundo me contaram, a TAM desembarca, em média, seis cadeirantes por noite só em Guarulhos e estava com o ambulift quebrado há um mês e meio. “Será que toda vez que voltar de Brasília vou ter que passar por este transtorno? Não é a primeira vez que isto acontece…ão é a primeira vez que isto acontece”, comenta Mara.
A Turismo Adaptado está com um projeto em andamento com a Azul Linhas Aéreas, para implantar a acessibilidade e práticas de inclusão para a empresa, e também nos aeroportos aonde trabalham. Na verdade a estrutura dos aeroportos é de responsabilidade da Infraero, ela já foi procurada pela Turismo Adaptado com propostas para realizar uma melhoria significativa, mas não houve um retorno. A intenção é implantar esses conceitos, da forma como são aplicadas na União Européia, melhorando a qualidade do atendimento e evitando constrangimentos e situações de perigo, para todas as companhias aéreas e pelo menos para os principais aeroportos do Brasil. Porém ainda há muita relutância por parte das empresas e também dos órgãos públicos.
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Fonte: G1
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Quando eu fui para Sampa, o avião também parou longe dos fingers. Dois funcionários da GOL desceram comigo na cadeira de rodas. Bateu um certo medo, mas no final correu tudo bem.
Conto com mais detalhes aqui:
http://cadeiranteemprimeirasviagens.wordpress.com/2009/03/05/minha-primeira-viagem-de-aviao-e-cadeirante/
Como foi sua primeira vez e não houve nada de grave, acho que ficou satisfeita. Mas eu percebo qua e GOL não está preparada de uma forma geral, pois temos que pensar também nas pessoas com outros tipos de deficiência. Temos o caso recente do senhor que ficou em coma num acidente com a GOL, por falha nos procedimentos de segurança. E mesmo eu como cadeirante, vejo muito despreparo quando viajo por essa companhia. Mas na verdade. é todo o sistema aéreo civil brasileiro que está despreparado.