Consagrado no esporte paraolímpico, sul-africano vai competir com atletas sem deficiência
O sul-africano Oscar Pistorius conseguiu no Meeting de Lignano (Itália), a façanha que buscava desde 2008: o mais famoso atleta paraolímpico poderá disputar o Mundial de Atletismo, em agosto, entre competidores sem deficiência. Na prova italiana, o velocista de 24 anos conquistou o índice exigido para a prova de 400 m, ao vencer a disputa com 45s07 (o 15.º melhor tempo do mundo no ano). Para se qualificar ao torneio da Coreia do Sul, Pistorius tinha de correr abaixo dos 45s25.
Pistorius, conhecido como “Blade Runner”, usa próteses em ambas as pernas, amputadas quando ele era criança. Há quase três anos, o sul-africano desafiou a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e conseguiu ganhar, na Corte Arbitral do Esporte (CAS), o direito de disputar a Olimpíada de Pequim. Na mais alta instância jurídica do esporte, comprovou que suas pernas artificiais, produzidas com fibra de carbono, não lhe dão vantagem na corrida. Nas pistas, porém, ele não conseguiu fazer o índice e obter sua classificação aos Jogos.
O corredor participou de várias provas convencionais neste ano, após sua participação no Mundial Paraolímpico de Christchurch, em janeiro. Foi na Nova Zelândia que conheceu sua primeira derrota desde 2004, ao ficar com a medalha de prata na disputa dos 100 m categoria T44 (amputados) – o ouro, definido no photo finish, ficou com o americano Jerome Singleton.
Mas Pistorius, que conquistou o primeiro lugar nos 200 m, 400 m e revezamento 4 x 100 m, não ficou impaciente com a derrota. Deixou claro que seu desafio, na temporada, era conseguir o índice para Daegu. “Venho treinando desde novembro para isso e esta é, provavelmente, uma das razões de eu não ter sido tão rápido em Christchurch”, disse na ocasião.
O sul-africano admitiu que se sentia aliviado por não precisar recorrer novamente às leis para garantir seu direito de participar do Mundial. Afirmou que a batalha judicial foi mentalmente cansativa. “Esta foi uma grande vitória e a questão está definida. Espero nunca mais ter que passar por aquilo novamente, porque foi terrível.”
Fonte: Estadão
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Muito lindo, uma prova de pura Auto Superação!!!
Abçs,
Somente é preciso tomar cuidado com esse tipo de iniciativa, afinal se pessoas com deficiência podem participar em competições convencionais, o contrário também não seria direito? Ou seja, pessoas sem nenhuma deficiência teriam direito de participar em competições voltadas somente para pessoas com deficiência, como por exemplo Paraolimpíadas?