Carrinho de compras para cegos. SKOL testa tecnologia em supermercado atacadista.
Iniciou-se a fase de testes do carrinho acessível da SKOL para supermercado que vai guiar pessoas com deficiência visual a fazerem as compras de casa. Existem mais de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual no país, e a SKOL acredita que ir ao supermercado e comprar uma cerveja deveria ser uma experiência acessível para todos. O projeto é mais um jeito de abrir a roda da inclusão da SKOL e busca trazer mais autonomia aos cegos e pessoas com baixa visão.
O carrinho acessível da SKOL é um experimento e está sendo testado no Fort Atacadista do Kobrasol, na cidade de São José, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina. Em desenvolvimento há pelo menos um ano e meio, o projeto é realizado em parceria com os deficientes visuais ligados a Acic (Associação Catarinense de Integração ao Cego), além da D2G Tecnologia, de Porto Alegre (RS), espera evoluir a ferramenta e após a ação ter melhorias com as contribuições voluntárias.
O mercado dos testes foi todo mapeado previamente pela empresa de tecnologia e conta com vários QR Codes no teto, que se conectam com o carrinho por meio de Wi-Fi quando ele dá a partida. Diego Trindade e Grégory Gusberti, diretores da D2G, explicam que o robô tem uma plataforma própria e que pode se adaptar às necessidades dos usuários à medida que os testes forem acontecendo. O carrinho também conta com sensores que ajudam o usuário a interpretar obstáculos dinâmicos, como gôndolas extras, lixeiras ou pessoas.
Por meio de uma barra sensível ao toque, o deficiente visual posiciona as mãos autorizando o carrinho a andar, e, com um fone de ouvido e microfone, segue as instruções da inteligência artificial. Até o momento, 19 produtos foram cadastrados. Ao chegar na gôndola solicitada, há uma escrita em braile que facilita a confirmação do deficiente visual.
Ao fim das compras, o carrinho se dirige automaticamente para o caixa preferencial de acessibilidade. Gregory Krohling, 31, foi uma das pessoas com deficiência visual que testou o projeto. “Essa ação é muito importante, pois torna possível a experiência da gente fazer uma compra sozinho. Me trouxe uma segurança muito grande de andar com o carrinho pelo mercado”, afirma.
Trindade explica que sem o suporte da Cervejaria Ambev, projetos como esses dificilmente sairiam de uma sala de universidade ou ganhariam a proporção que podem alcançar. Além disso, a partir deste carrinho acessível inúmeras outras ferramentas que auxiliam o cego poderão surgir.
“Para a gente, uma coisa só é muito boa quando pode ser aproveitada por todos, e, para fazer compra não seria diferente. Mais uma vez, a SKOL está abrindo a roda da inclusão trazendo uma discussão importante para o jogo como a marca inovadora e democrática que é, se propondo a entender quais são as dificuldades e tentando melhorar essa experiência”, coloca Giuliana Tosi, gerente de marca da SKOL no Sul do Brasil.
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