Dia de sol com vento favorável é sinônimo de SUP (Stand Up Paddle) para cadeirantes no Lago Paranoá, em Brasília. Neste sábado (9), as condições do clima estavam ideais para a prática do esporte que está conquistando cada vez mais adeptos na cidade.

Gabriel Duarte, 34 anos, perdeu o movimento das pernas há dois anos, em um acidente de carro. Voltando de uma festa, ele dormiu no volante e capotou o carro. Com uma lesão na medula, Gabriel teve que adaptar a vida à cadeira de rodas e a vida de baladas deu espaço à prática de esportes. Ele é um dos cinco cadeirantes que têm aula de SUP de graça no Parque das Garças, no Lago Norte (DF).

Gabriel conta que, além de ajudar na recuperação muscular, o SUP para cadeirantes também ajuda a manter a saúde mental

— Tanto a massa muscular que, eu tinha perdido muito eu, já estou recuperando e a mudança interior, a motivação que o esporte traz. Antigamente eu queria ficar só em casa.

Com a cadeira amarrada na prancha, o esportista rema pelas águas do lago acompanhado de um instrutor e de um fisioterapeuta

Com a cadeira amarrada na prancha, o esportista rema pelas águas do lago acompanhado de um instrutor e de um fisioterapeuta

As aula tem a duração de aproximadamente uma hora, duas vezes por semana. Mas, tudo depende da previsão do tempo. Se está ventando forte ou chovendo, os encontros são adiados.

O instrutor e organizador das aulas, Daniel Badke, garante que não há nenhum risco para cadeirante. Ele explica que todo percurso é acompanhado de perto por dois profissionais.

— Não tem nenhum riscos. O esportista vai com o colete salva-vidas e um educador vai acompanhando na água, nadando com pé de pato, e outro vai na prancha junto o cadeirante. Na pior das hipóteses, se a prancha virar, é a cadeira que está amarada. O cadeirante cai na água e recebe o apoios dos instrutores.

Serviço

As aulas são gratuitas para os deficientes físicos. O projeto começou há quatro meses, quando Badke decidiu adaptar o SUP para cadeirantes. Ele morou na Austrália e acompanhou a modalidade de perto. Quando voltou para o Brasil, decidiu organizar o esporte em Brasília.

— Eu tinha visto na Austrália, acompanhava projetos dos Estados Unidos pela internet e fui estudar. Adaptei a prancha, fiz os testes e comecei as aulas.

Quem tiver interesse em praticar a modalidade pode procurar mais informações em www.raianorteesportes.com.br.

Fonte: R7

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