Cadeirante critica falta de acessibilidade: “Verdadeira vergonha”
O que era para ser uma noite prazerosa de lazer na nova Orla do Porto, em Cuiabá, se tornou uma grande decepção para a servidora pública Amanda Lucia Dias.
Ela – que é cadeirante – foi visitar o local na última semana, mas se deparou com a falta de acessibilidade e criticou o fato no grupo “Aonde não ir em Cuiabá”, na rede social Facebook.
“Semana passada fomos conhecer a Orla do Porto, obra tão aguardada pelos cuiabanos. Quando cheguei, já me decepcionei. Sou cadeirante e em nenhum lugar achamos rampas de acesso para a Orla, apenas pro outro lado da Rua, onde tem a ciclofaixa”, disse a servidora.
A Orla do Porto, que custou em torno de R$ 16 milhões, foi inaugurada no dia 21 de dezembro.
Além da falta de acessibilidade, há reclamações quanto à sujeira e até mesmo aos materiais, que já estão deteriorando. Em alguns pontos, parte do piso está se soltando.
Amanda contou que precisou de ajuda para poder se locomover no local.
“Por toda a extensão que andamos não vimos uma, nem uma única rampa. Nada. Tive que ser auxiliada pelo meu cunhado, pois qualquer cadeirante sabe a dificuldade que é subir um meio fio. Uma total falta de respeito da Prefeitura de Cuiabá”, disse.
A servidora ainda criticou a má utilização do dinheiro público.
“E não me venha com essa de que a obra não foi entregue pronta. Pois se não está pronta, pra que colocaram um meio fio que será retirado? É a velha farra do dinheiro público? Uma verdadeira vergonha ir a um lugar turístico, que acabou de ser inaugurado e passar por esse desrespeito”, pontuou.
Outro lado
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá informou que o prefeito Emanuel Pinheiro reconhece falhas no projeto entregue na gestão passada e garantiu que até o mês de abril (aniversário de Cuiabá) será realizada a inauguração do Aquário Municipal e todas as deficiências serão corrigidas.
Fonte: midianews
Compartilhe pelos ícones flutuantes na borda lateral esquerda desta página!
4 Comentários
Enviar um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Artigos relacionados
Acessibilidade no ESG. Equipotel aborda o tema para o turismo.
Acessibilidade no ESG, para o mercado do turismo. Equipotel aborda a importância da inclusão da pessoa com deficiência.
Morte Sobre Rodas. Filme inclusivo foi candidato ao Oscar.
Morte Sobre Rodas. Dois protagonistas do filme, são pessoas com deficiência, um usuário de cadeira de rodas e outro com paralisia cerebral.
Paralimpíada de Paris 2024. A deficiência não é um limite.
Paralimpíada de Paris 2024. A cidade luz sedia o maior evento esportivo do mundo para as pessoas com deficiência.
Passei por problemas semelhantes agora no final do ano qnd fui conhecer Natal.Nada lá é realmente acessível para cadeirantes,incluindo a praia que é noticiada na internet como tal.Como muita dificuldade,os únicos passeios que consegui fazer lá foram o city tour,o shopping da cidade e o shopping de artesanatos.Foi uma experiência para não repetir e nem recomendar a ninguém!
Nenhum destino é totalmente acessível, nem nas melhores cidades do exterior. Natal é um destino possível de fazer turismo com acessibilidade, já enviamos várias pessoa para lá. O problema é quando não se escolhe os locais e serviços corretos. Então da próxima vez que for viajar, procure quem realmente entende do assunto, tome cuidado pois á quem “acha” que entende. A Turismo Adaptado é especialista nesse assunto, então já sabe aonde recorrer. Nossos contatos [email protected]. Obrigado.
Então isso acontece em todos os lugares desse país. Quisera que alguns arquitetos tivessem de passar um tempo em uma cadeira de rodas para sentirem o que é! Falta de acesso, banheiros com má adaptação, banheiros que são depósitos de materiais de limpeza ou fumódromos, calçadas com degraus imensos, gente que desrespeita as vagas especiais, hotéis que não divulgam se há acessibilidade ( estão perdendo mercado!) e por ai vai!!!!
Acontece em todas as partes do mundo, uns melhores outros piores. Passar um tempo na cadeira, é uma grande experiência, mas não fornece todo o conhecimento que um arquiteto necessita. Eles precisam de formação, que infelizmente as universidades não oferecem, pelo menos não na qualidade necessária. Pensando nisso, estamos elaborando cursos, para que o profissional realmente entenda o que acessibilidade e como aplicá-la de forma correta. Não adianta saber o que é feijão, linguiça, carne seca, mas não saber cozinhar uma feijoada. A maior dificuldade, e fazer com que os profissionais queiram adquirir esse conhecimento. Obrigado.