Cadeados e outras crenças ao redor do mundo prendem namorados para sempre
Quem está apaixonado quer ficar preso para sempre ao ser amado. E adora se entregar a crenças ou superstições para atingir o seu objetivo. Uma delas, bem simbólica, consiste em trancar cadeados com os nomes dos pombinhos e depois jogar a chave para um lugar inacessível. Assim fazem os apaixonados que visitam locais turísticos tão díspares como a base da torre de Seul, na Coreia do Sul; a escadaria da Montanha Amarela, na China; e as pontes Luzhkov, em Moscou; Hohenzollern, em Colônia (Alemanha); Vecchio, em Florença.
A Itália, aliás, tem várias pontes adornadas com os tais cadeados, e a mais famosa delas é a Milvio, em Roma. Foi ali que deixaram as fechaduras do amor os protagonistas do livro que virou filme “Ho voglia di te” (“Quero-te muito”), continuação de “Io e Te tre metri sopra il cielo” (Três metros acima do céu), ambos do escritor italiano Federico Moccia, muito popular entre os jovens italianos.
A prática chegou a se tornar um problema em Roma, pois o excesso de cadeados sobre duas luminárias da ponte de 206 a.C. acabou por destruí-las. Depois disso, a prefeitura instalou seis conjuntos de postes de aço especialmente para receber os cadeados enfeitados com corações e nomes dos seus donos enamorados, que atiram as chaves no rio Tevere para permanecerem eternamente amarrados. Quem não tem condições de ir a Roma pode fazer o ritual pela Internet, por meio do site lucchettipontemilvio.com, cuja tradução em português é “Cadeados-ponte-milvio- ponto-com”.
Com ou sem correntes de ferro trancadas a chave, outras pontes do mundo também são alvos de superstições “capazes” de unir eternamente os namorados. Quem passa por baixo da Pont Marie, em Paris, localizada bem perto da catedral de Notre-Dame, precisa apenas fazer um desejo e mantê-lo em segredo para ser atendido. Na verdade o pedido não precisa obrigatoriamente estar relacionado ao romance, porém muita gente acaba se influenciando com o apelido sugestivo do lugar: Ponte dos Amantes. Já na famosa Ponte dos Suspiros, em Veneza, o ritual para garantir o amor eterno é um pouco mais trabalhoso. Os casais apaixonados, a bordo de uma gôngola, precisam se beijar exatamente ao meio-dia ao passarem por baixo dela.
Não muito longe dali, a cidade de Verona, cenário da mais famosa e romântica história de Willian Shakespeare, também é alvo de crenças daqueles que anseiam se manter amarrados às suas almas gêmeas. Quando visitam a casa de Julieta, os apaixonados colam na parede e na sacada bilhetes com seus nomes. E a casa da esposa de Romeu também proporciona esperança aos solteiros: quem passa as mãos na estátua de Julieta, existente no interior da construção, encontra um novo amor.
Também a Espanha tem suas histórias de fim trágico que estimulam os casais apaixonados a visitar determinados pontos turísticos. Em Salamanca, o Huerto de Calixto y Melibea é um jardim tranquilo que teria sido frequentado pelos personagens da obra “La Celestina”, do espanhol Fernando Rojas. Já a Fundação Amantes de Teruel lembra a lenda de Juan Martínez de Marcilla e Isabel de Segura, que teriam vivido na cidade de Teruel. Em ambas as histórias os protagonistas apaixonados morrem de amor e ficam juntos para sempre, como no enredo de Romeu e Julieta. O melhor, claro, é desfrutar desses belos locais em vida, utilizando-se das crenças românticas para ter mais motivos para viajar a dois – e namorar.
Fonte: UOL Viagem
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