Débora Pedroso é brasileira e mora há décadas nos Estados Unidos. Ela perdeu o movimento das pernas aos 10 anos de idade, por conta da Síndrome de Guillain-Barri, uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva a uma inflamação dos nervos, que provoca fraqueza dos movimentos.

Graças ao esporte, ela se reencontrou, e, no basquete, conseguiu as respostas para algumas dúvidas que começavam a incomodá-la.

— O esporte abriu novos horizontes na minha vida. Foi um divisor de águas mesmo. O que eu via nesse momento de interação com outros cadeirantes eram pessoas casadas, mulheres com filhos, gente dirigindo, guardando cadeira de rodas, viajando, etc. — conta Débora.

Ela sempre fez de tudo e chegou um momento que resolveu compartilhar isso com todos através da Internet. Débora publica suas aventuras no portal ViagemAcessivel.com, em que mostra lugares turísticos onde a acessibilidade é regra, e não excessão.

— Minha última viagem foi para o Canadá, onde eu conseguia andar de ônibus e metrô sozinha. É o direito de ir e vir ao pé da letra. Tudo é pensado para todos conseguirem acessar — conta.

Segundo ela, no Brasil, ainda não existe essa consciência generalizada.

— Na última vez que estive em Búzios, eu detestei. A Rua das Pedras não oferecia a mínima condição para o meu trânsito na cadeira de rodas. E quando visitei a cidade do Rio, fui enganada pelas empresas de ônibus, que adesivaram todos os veículos para cadeirantes, porém, os equipamentos instalados (a maioria) não funcionam ou os motoristas não sabem manusear — finaliza Débora.

Fonte: Como Será?

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