A ausência de casas-de-banho adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida física, desníneis muito acentuados e, sobretudo, falta de civismo são algumas falhas apontadas por Raquel Macedo, responsável pelos projectos da adoc – Associação de Ocupação Constante no toca às acessibilidades da cidade de Braga.
Apesar da existência destas barreiras, Raquel Macedo considera que na globalidade Braga é uma cidade acessível, contudo, há muitos aspectos a melhorar.
Nesse sentido, a adoc realizou ontem uma experiência em pleno centro da cidade que teve por objectivo sensibilizar a comunidade bracarense para as dificuldades sentidas no dia-a-dia pelos portadores de deficiência visual.
Ora, a proposta foi colocar uma venda nos olhos de quem passava na rua, numa acção que envolveu os alunos os do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, pondo à prova a comunidade, que foi desafiada a fazer um curto trajecto do Café Viana ao Posto de Turismo para pedir uma informação sobre a cidade com os olhos totalmente vendados. Uma missão que se revelou difícil, mas que visou mostrar as imensas dificuldades sentidas pelos invisuais.
Esta experiência insere-se no projecto Flash Mo.Re, que tem vindo a demonstrar, através de pequenos flashs a questão da mobilidade reduzida, tanto física como visual.
Presente na iniciativa esteve o presidente da União de Freguesias da Sé, Maximinos e Cividade, Luis Pedroso, que participou activamente na acção de sensibilização. Para o autarca o problema das acessibilidades da cidade prende-se, sobretudo, com a falta de civismo.
Há cinco anos a trabalhar esta problemática da acessibilidade, a adoc está a preparar o relatório final para apresentar à Câmara Municipal de Braga, onde aponta os principais pontos a melhorar na cidade nesta matéria.
Domingos Silva, da Associação de Apoios a Deficientes Visuais considera fundamental alertar para as barreiras existentes. É importante sensibilizar as pessoas para as dificuldades que os cegos sentem no dia-a-dia”. O responsável por esta associação afirmou que Braga está mais acessível do que há uns anos, mas há algumas coisas a melhorar, mas como tempo penso que se vai lá.”
Fonte: Correio do Minho