Foi o tempo em que oferecer um ótimo colchão, uma televisão gigantesca e um chuveiro estupendo eram os grandes diferenciais que atraíam e fidelizavam hóspedes. Com o avanço da tecnologia e a facilidade de acesso do público comum a diversos produtos, esses artigos que antes geravam alvoroço tornaram-se coisas banais.
A abertura econômica da década de 1990 também tem sua parcela de culpa na popularização dos hotéis, uma vez que trouxe para o país diversas redes internacionais, aumentando assim a concorrência e oferta de quartos. Hoje, o tradicional deu espaço para as fechaduras eletrônicas, economizadores de energia, sensores de presença, TVs de LCD ou LED, internet sem fio e check-in eletrônico, que também já deixaram de ser itens exclusivos e passaram ao status de obrigatórios.
Mas o que fazer então para ser um diferencial do mercado? A ideia agora é apostar em públicos específicos, como o dos portadores de necessidades especiais.
Segundo o IBGE, aproximadamente 15% da população brasileira é formada por indivíduos com algum tipo de deficiência. Com esse número expressivo, torna-se impossível entender o porquê da rede hoteleira não ter dado atenção a este público mais cedo – e não por uma questão puramente mercadológica, mas também humanitária, de inserção do indivíduo na sociedade.
Por falta de conhecimento, gestores acabam negligenciando o suporte aos deficientes ou atuando de forma errônea. Para auxiliar você, separamos algumas dicas de boas praticas de acessibilidade. Confira!
Acesso ao estabelecimento
É comum encontrarmos em hotéis e pousadas fachadas fenomenais, que encantam por sua arquitetura e beleza. No entanto, mais comum ainda é perceber que na maioria dos casos, a acessibilidade foi deixada de lado, claramente esquecida no planejamento. Em boa parte dos estabelecimentos, podemos encontrar os mesmos problemas logo na entrada, como:
- Falta de rampas de acesso;
- Não existem plataformas elevatórias, muito menos um intercomunicador ou botão de chamada;
- Quando as rampas existem, elas estão com inclinação irregular, sem corrimão ou então apresentam pisos escorregadios;
- Portas estreitas, que inviabilizam o uso adequado de cadeiras de rodas;
- Falta de profissionais treinados para lidar com público que apresenta mobilidade condicionada.
É preciso lembrar também de reservar vagas no estacionamento para veículos cujos donos possuem mobilidade condicionada. Não se esqueça que estas vagas precisam estar em locais estratégicos, que facilitem a locomoção do seu hóspede especial.
No check-in
O balcão de atendimento deve contar com profissionais capacitados para atender aos dois tipos de público: sem e com mobilidade condicionada. Para facilitar o acesso, o ideal é que o balcão possua uma região rebaixada para atender cadeirantes, pessoas com baixa estatura e até mesmo crianças. Além disso, o recepcionista, ao atender um cliente com mobilidade condicionada, deverá averiguar o nível de limitações do cliente. Esses aspectos são facilmente identificados por profissionais que receberam cursos preparatórios.
No interior do seu estabelecimento
Você possui piscina, restaurante, área de lazer e de convívio? Se possui, deve adequar todos os ambientes, deixando espaços maiores para locomoção das pessoas e permitindo o acesso por qualquer pessoa em qualquer ambiente.
No check-out
No check-out, pode-se efetuar os seguintes processos:
- Recolher a bagagem do quarto;
- Atender às orientações solicitadas pelo hóspede;
- Auxiliar o cliente na saída do hotel e no acesso ao veículo;
- Transportar a bagagem;
- Cadastrar a satisfação do cliente.
Outro ponto que deve ser levado em conta é o banheiro. Este costuma ser um espaço particular, por isso é preciso equipá-los com móveis que gerem mobilidade individual para portadores de mobilidade condicionada.
A Turismo Adaptado possui um Programa de Acessibilidade hoteleira onde é formatado uma preparação adequada ao hotel, desde da parte estrutural e de equipamentos, até o atendimento e métodos de divulgação, para se ter um investimento correto e com retorno desejado. Entre em contato. [email protected] – (11) 3846-6333 / 99854-1478
Fonte: Hosped.in
Ola boa tarde
Meu marido e cadeirante e sempre que viajamos temos quw alugar cadeira de banho/higienica, pois mesmo os hoteis com acessibilidade nao dispoinibilizam esta cadeira aoa hospedes e sim aqueles bancos que nao sao adequados.
E investimento muito barato oara um hotel, entre 300/500 reais e isso faciltaria muito.
Obs: em todos os hoteis que vou dou esta sugestao
Doroti
Quando pessoas viajam através da Turismo Adaptado e necessitam de cadeira de banho, providenciamos o equipamento. Esta é uma das diferenças entre viajar por conta própria, ou até mesmo com agências de viagens convencionais, ou escolher os nossos serviços.
A ideia de criar esse Programa é realmente algo muito valido e que precisava ser feito já fazia tempo, parabéns Sr. Ricardo pela iniciativa! Sou acadêmica finalista em turismo e meu trabalho de conclusão é sobre a acessibilidade nos alojamentos de floresta para os deficientes físicos e graças ao site consegui material de grande importância para compor o trabalho. Esse publico precisa ser considerado para esses tipos de hotéis também e visitando o site percebe-se com os artigos que existe interesse desse publico em conhecer os outros tipos de meio de hospedagem sim. Parabéns por todo o seu Trabalho!!
Olá Iris, muito obrigado! Alojamentos de floresta também precisam ser acessíveis. Conheci um no Amazonas, e tive dificuldades, mas não deixei de fazer nada. A hospitalidade do estabelecimento foi importante, mas a coisa não pode parar ai. Beijos.