Eventos acessíveis e inclusivos. Você não deve e nem pode deixar ninguém de fora.

por | 29 ago, 2019 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

Os eventos são uma parte poderosa do motor que movimenta a economia de todo um destino. Existem eventos das mais variadas formas, desde aqueles voltados à um público mais específico, como feiras e congressos, e também os que querem reunir o maior número de pessoas possível, como shows e encontros esportivos.

Seja qual evento for, a acessibilidade deve estar presente. Atualmente um evento que não seja acessível e inclusivo, corre o risco de ser cancelado ou sofrer penalizações posteriores. A solução é planejar o evento já com acessibilidade, pois adaptar depois que ele já foi planejado ou até executado, é um problema.

E nisso, também prestar atenção que, as pessoas com deficiência além de espectadores ou visitantes, também podem ser os protagonistas, e para isso a acessibilidade precisa estar na plateia ou espaço de circulação dos visitantes, mas também nos palcos, camarins e estandes.

É comum também encontrar lugares que tiveram iniciativa em se tornar acessível, mas não tiveram um cuidado profissional. Buscaram informações por conta própria na internet, e baseado nisso fizeram suas escolhas, atitude que dificilmente dá certo.

É preciso tomar cuidado com “profissionais” que oferecem serviços de acessibilidade, pois a maioria tem um conhecimento parcial e abrangente. Para entender da acessibilidade em eventos é preciso conhecer a logística do evento além de como ela pode atender a pessoas com diferentes tipos de necessidade com conforto e segurança.

A acessibilidade ainda é vista principalmente em questões físicas e arquitetônicas, como rampas e elevadores. Mas há outros itens muito importantes que são deixados de lado, e que podem ser a principal importância para o visitante com deficiência, que é o atendimento e questões operacionais do evento.

Na Copa do Mundo de Futebol da FIFA no Brasil, fui participar de uma Fan Fest no Anhangabaú em São Paulo. Ali havia uma estrutura elevada, para dar melhor visibilidade do palco, como se fosse uma arquibancada, um espaço reservado para pessoas com deficiência e acompanhantes.

Achei um pouco apertado, e vi que a festa estava mais animada embaixo, mais próximo do palco. Minha surpresa foi quando um segurança do evento me abordou e disse que eu deveria ficar no espaço reservado, pois ali era o local adequado para mim, que sou cadeirante, e que embaixo seria perigoso para mim.

Achei um absurdo, pois eu tenho direito e opção de ficar onde eu quiser, o espaço era só mais uma opção, e se embaixo tinha algum perigo, todas as outras pessoas também estavam em perigo. O segurança disse que eram ordens da organização, então percebi que ele não entendeu bem as ordens passadas, ou estas não foram passadas claramente.

Pedi que chamasse a organização e tudo se resolveu, permitindo minha permanência embaixo, porém isto é uma ocorrência que não deveria existir, e que se evita com pessoal bem treinado.

Curioso e constrangedor, também foi o final de um evento onde fizeram um sorteio. Anunciaram para que os participantes procurassem embaixo de suas cadeiras, pois foram colocados alguns cupons, e quem encontrasse um desses cupons levaria um dos prêmios oferecidos. Só que não pensaram que não haveria possibilidade de alguém ter colocado um cupom embaixo da minha cadeira de rodas. Decidi comunicar, e deram um prêmio extra para mim. Novamente, isso não é para acontecer.

A exigência da acessibilidade está ficando cada vez mais forte. Eu fui convidado pela Universidade Anhembi Morumbi para ministra uma aula sobre acessibilidade num curso preparatório para uma certificação internacional em eventos chamada CMP – Certified Meeting Professional, uma das mais importantes da área no mundo. E para conseguir esta certificação também é necessário entender de acessibilidade, pois consideram isto como um item essencial para um evento de qualidade.

Atualmente também dou aula no MBA – Gestão de Eventos & Cerimoniais de Luxo, da Faculdade Roberto Miranda e coordenado pela experiente Cláudia Matarazzo. Como costumo dizer, a acessibilidade tem que ser parte do negócio, e não um negócio à parte. Existem poucos materiais de informação voltados para a acessibilidade em eventos, e que são um pouco difíceis de compreender para quem não tem intimidade com o segmento.

Por isso minha consultoria se faz tão importante, para ter qualidade nos resultados, evitar problemas e gastos desnecessários, e ganhar mais visitantes e visibilidade para seu evento. Então não deixe de me procurar, pois depois do que tenho a te mostrar, tenho certeza que você nunca mais irá deixar as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida de fora.

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