Barco Pirata de Itapema recebe acessibilidade. Afinal, até Capitão Gancho era deficiente.
Itapema – Depois de conquistarem o direito ao banho de mar sem serem carregados pelos amigos para a água, os portadores de necessidades especiais de Itapema e os turistas com essa mesma característica, que visitam o Litoral Norte na Temporada de Verão, já podem fazer o tão sonhado passeio de escuna. Uma empresa da cidade aderiu ao projeto “Vida na Praia”, da ADI (Associação das Pessoas com Deficiência Física de Itapema), e oferece, desde a semana passada, a primeira embarcação turística adaptada para cadeirantes e deficientes auditivos e visuais do Estado.
O proprietário do Barco Pirata de Itapema, Lidiomar José Galisa, explica que percebeu nos portadores de necessidades especiais um grande potencial de consumo, que tradicionalmente é pouco aproveitado pelo empresariado. Entretanto, foi o trabalho da ADI, que promove o banho de mar para cadeirantes em Meia Praia, que motivou a adaptação da embarcação para que eles também pudessem vir a bordo com segurança. Foram colocadas rampas de acesso no cais de atracação, no Canto da Praia, e as aberturas do navio foram alargadas para permitir a circulação das cadeiras de rodas. As portas, por exemplo, passaram a contar com 1m20 de largura. Os banheiros foram adaptados para atender as necessidades especiais e as áreas de circulação de passageiros passaram a contar com espaços para cadeiras de rodas e travas de segurança.
As pessoas com necessidades especiais são atendidas nos mesmos horários que os demais passageiros. Os passeios duram, em média, 2h30, percorrendo as principais praias de Itapema e Porto Belo. Há inclusive uma parada para mergulho na região da Ilha de Porto Belo, um dos locais mais bonitos da região.
Um mercado em desenvolvimento
Segundo o secretário de turismo de Itapema, Ivanor de Souza, a adaptação do Barco Pirata para o transporte de pessoas com necessidades especiais agrega uma nova estrutura ao equipamento turístico da cidade. Junto com o projeto Vida na Praia, que tem apoio do Município, transforma a cidade numa das poucas do País que se preocupa com esse público na área do turismo e busca atender e desenvolver esse mercado. “Vêm ao encontro de um mercado que está crescendo e que busca incluir essas pessoas, já que muitas acabam não saindo de casa por causa das dificuldades de acesso na cidade e em locais como as praias”, comenta.
O Barco Pirata é uma réplica de uma embarcação do século 17 e realiza passeios diários às 10h, às 14h e às 16h30. A passagem custa R$ 35,00 para adultos e R$ 20,00 para crianças de 6 a 12 anos. Reservas podem ser feitas pelo telefone (47) 3268-3145. A bordo o visitante conta com serviço de bar e performances de artistas caracterizados como piratas.
Fonte: ND
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amei !!!!!
A acessibilidade nas questões náuticas está sendo bastante estudada por nós. Já podemos dizer que conseguimos oferecer cruzeiros com boa qualidadede acessibilidade. Também temos passios de jangada, práticas em barcos a vela, e propostas simples como botes para rafting e caiaques.