Assento preferencial não é respeitado no Metrô de SP, dizem passageiros

por | 29 dez, 2010 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

Usuários do Metrô de São Paulo reclamam da falta de respeito dos passageiros que não cedem lugar a deficientes, idosos e mulheres grávidas. Uma lei federal garante o direito dessas pessoas ao uso do assento preferencial, mas nem sempre isso acontece.

A aposentada Bruna Valente, de 84 anos, afirmou que já passou por situação semelhante. “Pedi para duas moças se elas podiam ceder o lugar para mim, e elas fingiram que não estavam ouvindo”, contou. A idosa insistiu e pediu novamente: “Faz o favor e dá o lugar para mim?” Outros usuários repreenderam as jovens e Bruna finalmente conseguiu sentar-se.

Em algumas ocasiões, a falta de respeito termina em briga. O telespectador Jonatan Santiago registrou imagens pelo celular de uma discussão ocorrida em um trem lotado na Linha 3-Vermelha. Uma jovem que estava em um assento preferencial não quis se levantar para dar lugar a uma idosa. Uma passageira se irritou e começou a discutir.

O bate-boca se transformou em agressão e a mulher tirou a jovem à força do lugar. Após trocarem tapas, as duas foram separadas e uma idosa pôde sentar-se.

Grávida e deficiente

Não são apenas as idosas que passam por situações desagradáveis no transporte público. Amanda está grávida e, apesar da barriga inconfundível, nem sempre consegue lugar no Metrô. “É muito complicado. O pessoal empurra. Essa semana levei um empurrão que as pessoas tomaram minhas dores.”

João Batista, que é deficiente físico, prefere ficar em pé, de muletas, na porta do vagão. “É para não ter amolação para ninguém. Se eu for pedir, às vezes as pessoas querem brigar com a gente.”

De acordo com o Metrô, apesar dos relatos, o clima nos vagões é de respeito mútuo. “É rara [a falta de respeito]. O comportamento mais comum é que ajudem um ao outro”, afirmou o chefe de segurança do Metrô, Rubens Menezes.

Ele disse que, em casos como os citados acima, os usuários devem avisar os seguranças que ficam nas plataformas. São eles que têm a autoridade para retirar o usuário que desrespeita a lei. Em caso de insistência, o infrator pode ser retirado do sistema.

Ricardo Shimosakai comenta que quando o número de pessoas é grande, fica difícil acessar os espaços reservados à cadeira de rodas. Os vagões vem cheio de pessoas,

“Quando os vagões vem cheio de pessoas é difícil entrar, pois todos correm na sua frente querendo entrar primeiro, e as pessoas não se dispõe a descer do vagão para dar ceder o lugar, mesmo que no espaço onde é reservado preferencialmente à cadeira de rodas, não haja nenhum cadeirante”, diz Ricardo Shimosakai.

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Fonte: G1

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