Após atraso, estudo para criação de rotas de acessibilidade em Mogi deve ficar pronto em julho
Projeto quer criar alternativas para as calçadas estreitas e falta de rampas, por exemplo. Estudantes protocolaram representação no MP que questiona o atraso e as dificuldades na proximidade da Apae.
Um estudo para implantar rotas de de acessibilidade em Mogi das Cruzes, que deveria ter sido finalizado em abril, deverá ser concluído no próximo mês, de acordo coma Prefeitura de Mogi das Cruzes. A administração alegou que o “contrato estabelecia este prazo para elaboração dos projetos executivos de todas as seis rotas, no entanto, por conta do andamento dos trabalhos foi autorizado um aditamento de prazo, sem alteração no custo”.
O projeto está sendo montado por uma empresa de engenharia de tráfego e leva em conta, por exemplo, o estabelecimento de uma largura mínima para as calçadas. Os estudos custaram R$ 197 mil e, depois da conclusão do projeto, ainda será preciso abrir uma licitação para escolher a empresa que fará as adequações. A Prefeitura ainda não divulgou um prazo para que isso aconteça.
Em junho, o Ministério Público recebeu uma representação de um grupo de alunos do curso de Direito da Universidade Braz Cubas (UBC) que cita, entre outros itens, o atraso para a conclusão do projeto. Os alunos ainda ressaltaram as dificuldades que os familiares dos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) enfrentam na área. Os buracos nas ruas e as calçadas esteitas, com postes que bloqueiam a passagem, são alguns dos problemas que as mães de alunos enfrentam perto da Apae e em outras ruas da cidade.
De acordo com o Ministério Público, a representação está sendo analisada. Já a Prefeitura afirma que a área da Apae é “um dos locais prioritários de elaboração dos projetos executivos, inclusive com discussões envolvendo o Conselho Municipal para Assuntos da Pessoa com Deficiência. A partir das definições do projeto executivo a Prefeitura de Mogi das Cruzes buscará recursos para a execução dos serviços.”
Rotas
De acordo com a administração municipal, o objetivo é aliviar os problemas de quem é portador de deficiência e precisa caminhar pelo Centro. A intenção é montar seis rotas de acessibilidade para que estes trajetos possam atender essas necessidades especiais.
A previsão inicial é que as obras fiquem orçadas entre R$ 250 e R$ 300 mil e a Prefeitura diz que buscará recursos, junto ao Ministério das Cidades, para a execução. Ainda não há um prazo definido para o início dos trabalhos.
Ao todo, 15 quilômetros de vias serão atendidos pelas mudanças. Entre as alterações que estão previstas, está o alargamento das calçadas. “Você mexe com o alargamento da calçada intervindo nas vagas de estacionamento da rua, você amplia para o lado de fora e não mexe na estrutura dos imóveis. A calçada será ampliada para o lado da via igual acontece em alguns pontos onde estão instalados os parquímetros”, explica o secretário de Transportes, Eduardo Rangel.
De acordo com o secretário, rampas de acesso poderão ser instaladas e os pontos de ônibus poderão ter pequenas mudanças para atender aos deficientes de uma maneira mais eficaz. “Todas as rotas terão marcação no solo e piso tátil para facilitar para os deficientes visuais”, completa.
O G1 questionou a respeito da situação da Rua Ipiranga, inclusa em uma das rotas e onde as calçadas são estreitas e não há bolsões de estacionamento que poderiam ser utilizados, mas o secretário de transportes não soube informar quais medidas o estudo está levando em conta para o local.
De acordo com o projeto, a primeira rota vai contemplar a Rua Professor Álvaro Pavan, Avenida Candido Xavier de Souza, Rua Manoel Bezerra de Lima Filho, Avenida Narciso Yague Guimarães, Rua Olegário Paiva e Rua Carmela Dutra.
Já a Rota 2 será implantada nas ruas Professor Flaviano de Melo, Braz Cubas, Tenente Manoel Alves dos Anjos, Princesa Izabel de Bragança, Joaquim Fabiano de Melo e Carmem Moura Santos.
Na Rota 3, estão previstas adequações nas ruas Dom Antônio Candido Alvarenga, Cel. Cardoso de Siqueira, Dr. Correa, Dr. Ricardo Vilela, Cel. Souza Franco, Barão de Jaceguai, Otto Unger, Padre João, Professor Flaviano de Melo, Major Pinheiro Franco e Antônio Candido Vieira.
As ruas Cel. Cardoso de Siqueira, Primeiro de Setembro, Olegário Paiva e Senador Dantas fazem parte da Rota 4. Já a Rua Ipiranga terá uma rota própria (Rota 5).
Por fim, na Rota 6 serão feitas mudanças na Avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, Rua Dr. Deodato Wertheimer, Rua Engenheiro Eugenio Motta, Rua Cel. Santos Cardoso, Rua Major Silvio de Miranda e na Rua Presidente Campos Salles.
Fonte: G1 Mogi das Cruzes e Suzano
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