Alegria de viver. Deficientes físicos rompem barreira e procuram assegurar seus espaços
O paulista Ricardo Shimosakai levava uma vida tranqüila, até que, um assalto relâmpago mudou sua história em 2001. Foi um divisor de águas, mas não a ponto de destruir a sua imensa alegria de viver. “A vida continua e continuo em busca de alcançar meus sonhos”, conta à Plurale. Aos 42 anos, ativo e alegre, Ricardo sentia falta dos passeios e viagens. Foi à luta e tornou-se uma referência em turismo para cadeirantes: é agente de viagens, com especialidade nesse segmento e tem um portal onde dá dicas e sugere roteiros com acessibilidade.
Esta, aliás, é a palavra do momento para os deficientes físicos. Se, há alguns anos, os paraplégicos ou tetraplégicos enfrentavam muitas restrições e quase nem podiam sair de casa por uma infinidade de limitações que as estruturas das cidades lhes impunham, hoje, com a luta de várias ONGs e militantes, já é possível acompanhar uma mudança significativa. Rampas, elevadores especiais, ônibus adaptados e todo um conjunto de ações começam a permitir que este imenso universo de 28 milhões de brasileiros possam tentar se inserir de forma mais democrática na sociedade. Este é um trabalho, é claro, em construção: muito ainda há por ser feito. Mas os avanços, comparados com 20 anos atrás, por exemplo, são expressivos.
E não é só vencer barreiras físicas. O processo de inclusão é muito mais amplo. Este é um público consumidor ávido como qualquer outro, que também tem seus sonhos de consumo. Ricardo, por exemplo, já esteve na Europa, em Bonito (MS), Itacaré (BA), Porto de Galinhas (PE), fez o roteiro de vinhos e chocolates no Rio Grande do Sul e realizou o sonho de visitar o Cristo Redentor no Rio para poder agradecer os belos momentos vividos e ainda por vir. “É possível fazer turismo com acessibilidade, porém é preciso procurar empresas que saibam fazer esse serviço corretamente para que não se decepcione depois”, diz. E destaca a especialização da agência Turismo Adaptado, à qual dirige.
Vários outros produtos e serviços voltados para este público estão sendo lançados ou estão vivendo um “boom” de vendas. São roupas feitas sob medida para este público; restaurantes e lojas com acessibilidade; serviços de turismo; táxis e até uma agência de modelos cadeirantes. Luciana, personagem interpretada por Aline Moraes recentemente na novela “Viver a Vida”, de Manoel Carlos, certamente aprovaria. Não há dúvida que a jovem – uma manequim que ficou tetraplégica em um acidente na Jordânia – deu um grande impulso para mostrar a realidade e as potencialidades destas pessoas.
Para ver a matéria completa, veja a edição número 17 da revista Plurale em formato digital através so site http://www.plurale.com.br/revista-digital.php
Compartilhe
Use os ícones flutuantes na borda lateral esquerda desta página
Siga-nos!
Envolva-se em nosso conteúdo, seus comentários são bem-vindos!
Artigos relacionados
Teleton AACD. A pessoa com deficiência como protagonista.
Teleton AACD. A pessoa com deficiência como protagonista. Uma iniciativa internacional abraçada pelo SBT no Brasil.
Acessibilidade no ESG. Equipotel aborda o tema para o turismo.
Acessibilidade no ESG, para o mercado do turismo. Equipotel aborda a importância da inclusão da pessoa com deficiência.
Morte Sobre Rodas. Filme inclusivo foi candidato ao Oscar.
Morte Sobre Rodas. Dois protagonistas do filme, são pessoas com deficiência, um usuário de cadeira de rodas e outro com paralisia cerebral.
0 comentários