Acesso livre para todos no Museu de Arte Moderna de São Paulo
Tendo como missão tornar a arte contemporânea brasileira acessível ao maior número possível de pessoas, o MAM considera fundamental que todas as pessoas que desejem entrar em contato com a arte, independente de sua condição física, social ou psíquica, percebam e sintam realmente que esse universo lhes pertence. Com esse intuito, a Área de Acessibilidade do MAM cuida de que o museu seja um espaço sem barreiras, sejam elas físicas, sensoriais ou intelectuais.
Busca promover o acesso não só ao espaço do museu, mas a toda a programação e à equipe profissional. A diversidade de públicos é muito bem-vinda, e as atividades são elaboradas visando à conexão das diferentes linguagens, assim como às diversas percepções da arte contemporânea. Inaugurada em 2010, essa área é resultado da união de diversas ações de uma gestão que pensa e promove o real acesso aos espaços culturais e à arte com o Programa Igual Diferente, desde 2002 responsável por projetos e atividades especializadas para o público diverso.
Por meio de parcerias com instituições de saúde e educação especial e com projetos sociais, o Programa Igual Diferente promove cursos regulares de diferentes modalidades artísticas. As inscrições são gratuitas e abertas ao público em geral. Pessoas com ou sem necessidades especiais, alunos com experiência ou iniciantes compõem os grupos das diversas atividades. Desde sua implementação, 2.466 mil participantes puderam usufruir os cursos de artes anuais.
Durante todo o calendário de exposições, visitantes surdos podem entrar em contato com o MAM e reservar um horário para uma visita dialogada, conduzida por um educador surdo, na Língua Brasileira de Sinais. Leonardo Castilho, funcionário do MAM, realizou o curso “Aprender para Ensinar” de formação de educadores surdos. Em 2008, iniciou um programa de estágio como orientador de público e atualmente integra a equipe da área de acessibilidade do museu, realizando, entre outras ações, visitas guiadas na Língua Brasileira de Sinais. As visitas são gratuitas e têm duração de uma hora e meia. Se você é surdo ou estudante de Libras e gosta de arte, agende sua visita!
O “Aprender para Ensinar” é um curso de formação de educadores na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para que estejam habilitados a visitar as exposições do MAM ou de outros espaços culturais, sem a intermediação de intérpretes. O curso busca estabelecer uma relação significativa entre os participantes e a arte, fazendo-os reconhecer sua competência na Língua de Sinais como uma vantagem no trabalho com outros surdos. Aberto para o público ouvinte com conhecimento de Libras (nível intermediário ou fluente).
Outros cursos exploram a prática artística. O “Imagem e Percepção”, propõe reflexões sobre a imagem com trocas de conhecimento entre alunos cegos, de baixa visão e videntes. As atividades têm como base referências artísticas e partem de experiências sensoriais e da produção de imagens com técnicas experimentais. O curso busca estimular a percepção dos alunos e construir um processo criativo utilizando a fotografia.
O curso “Desenho Cego” trabalhar o traço de cada participante por meio de diversas técnicas de desenho em relevo, a partir de estímulos visuais e táteis, elaborados pelos participantes. Pesquisas realizadas com pessoas com deficiência visual mostram que estas, assim como as pessoas que enxergam, utilizam linhas para significar contornos e fronteiras dos objetos percebidos. Trabalhando sempre com suportes que podem ser gravados, este curso utiliza o desenho como instrumento para o desenvolvimento da percepção. A prática é alternada com a apreciação dos resultados das produções dos participantes do curso, por meio do toque e da descrição. O curso é aberto a pessoas com deficiência visual, bem como ao público em geral.
Um outro projeto voltado à fotografia chamado “Foco em Libras” tem como proposta realizar um curso de fotografia para jovens surdos, acreditando no potencial transformador da foto quando utilizada para a expressão e como meio de comunicação. Aberto também a ouvintes que tenha contato com a comunidade surda.
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Fonte: MAM
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Olá Sônia,
é dificil encontrar um local ou serviço onde todas as deficiências sejam contempladas, mesmo assim estamos progredindo. Eu participo como reporter do Telelibras, onde procuramos colocar todas essas questões citadas. Acesse o link a seguir e dê uma olhada http://wp.me/pSEPi-JK