Acessibilidade é problema na rodoviária de Curitiba

por | 24 fev, 2011 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

Quem trabalha ou utiliza a Rodoferroviária de Curitiba com frequência sabe bem que o local precisa de reforma urgentemente. Paredes sujas, goteiras, pouca iluminação, embarque e desembarque no mesmo local, falta de escadas rolantes (ou elevador) e, para completar, a acessibilidade para deficientes físicos, que deixa muito a desejar.

A questão da acessibilidade é uma das principais reclamações na Rodoferroviária. A vendedora Suzana Leal conta que ouve esse tipo de queixa com muita frequência dos clientes.

“Reclamam que a rodoviária está desorganizada, reclamam que têm que ficar subindo escada com mala. E os cadeirantes se queixam mais ainda, pois só tem um elevador para eles”, disse.

Por fora

De fato. Passar de um lado para outro da rodoviária é uma verdadeira maratona para um deficiente físico, seja ele com muleta ou com cadeira de rodas. Se ele estiver na parte de cima, não há como ir do bloco Interestadual para o Estadual se não descer pelo elevador, adaptado para deficientes, sair da Rodoviária e atravessar pela calçada, do lado de fora. Há a passarela de acesso entre os dois setores, mas para chegar a ela há uma escada.

Para Elias Bulhões, deficiente físico e cadeirante, até o elevador adaptado não é suficiente. “O ideal seria um elevador normal, pois a gente não consegue segurar a porta para entrar. Para atravessar para o outro lado por fora é só por um lado, pois do outro tem meio-fio”, reclamou.

Outro deficiente físico que usa muletas, que trabalha na Rodoferroviária e sofre com a falta de estrutura – ele preferiu não se identificar -, conta que tem dificuldades para subir e descer as escadas com o aparato.

“O ideal seria ter uma estrutura melhor aqui dentro, para acesso por dentro mesmo”, disse. Talvez essa estrutura melhor fosse uma rampa ao lado da passarela interna (que liga os setores estadual e interestadual), escadas rolantes e mais elevadores adaptados. “Às vezes um deficiente vem para um lado, enganado, e aí tem que andar todo o trajeto novamente para pegar o elevador”, comentou.

Banheiro

Para o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Nardini, a acessibilidade na Rodoferroviária é boa, mas tem alguns pontos a melhorar. Por exemplo, ele avalia que o box do banheiro para deficientes poderia ser melhorado, bem como as calçadas externas.

“No geral, a rodoviária atende bem o deficiente. Mas está longe do ideal”, afirmou. Ele também destacou as vagas nos estacionamentos. “Há vagas suficientes nos estacionamentos pagos e nos não pagos”, observa.

Fonte: Paraná Online

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