“A Viagem do Capitão Tornado”, peça encenada por atores com Síndrome de Down
O Sesi-SP apresenta neste sábado, às 21 horas, a peça “A Viagem do Capitão Tornado”, dirigida por Leonardo Cortez e encenada por atores com Síndrome de Down do Grupo ADID de Teatro. Após a sessão, gratuita, Leonardo Cortez e o elenco participam de um bate-papo com o público. O espetáculo, que já passou por três cidades do interior do Estado no ano passado, chega à capital pela primeira vez.
A montagem é resultado da parceria entre o Sesi-SP e a Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (ADID), instituição fundada em 1989 por pais de crianças com Síndrome de Down.
Livremente inspirada no romance “Le Capitaine Fracasse” (O Capitão Fracasso), do escritor francês Théophile Gautier, a montagem é ambientada no século 17 e narra à história de um grupo teatral miserável que, em busca de reconhecimento profissional e de novos palcos para suas apresentações, percorre Paris à procura de oportunidade. Juntos, os atores pedem abrigo em um castelo, aparentemente abandonado.
Para surpresa geral, a propriedade pertence ao Barão de Signognac, nobre que serviu a Carlos Magno e cuja dinastia entrou em decadência devido à má administração de seus descendentes.
Os integrantes da companhia descobrem que, apesar de solitário e decadente, o Barão Signognac pode fazer com que eles sejam bem recebidos pela corte de Paris e ajudar a alcançar o tão almejado sucesso.
Apaixonado por Isabelle, uma das atrizes, e entusiasmado com a possibilidade de nova aventura, ele aceita se juntar à trupe. O enredo torna-se ainda mais denso com a entrada do Duque de Vallombreuse, que também se apaixona por Isabelle e tem atitudes questionáveis, travando disputas e despertando dores e amores. Máscaras, música ao vivo, poesia e danças integram o espetáculo, que tem uma carroça como principal elemento do cenário. “A carroça serve de palco, abrigo, hospedagem, camarim. A cada nova cena se transforma. De um lado ela é um quarto, de outro um castelo”, conta Cortez.
O diretor, que trabalha com o Grupo ADID de Teatro há mais de dez anos, destaca que o teatro contribui com o desenvolvimento e aprimoramento pessoal em muitos aspectos – e que com portadores da Síndrome de Down não é diferente. No entanto, ressalta que a experiência de uma montagem como essa é única. “Muitos estão no elenco desde a fundação do grupo. Quem já teve a oportunidade de vê-los em outras peças se surpreenderá com a evolução de cada um”, adianta. E acrescenta: “O resultado é muito surpreendente. Ao mesmo tempo em que o espectador se emociona e se diverte, ele também torce muito pelos atores. Quem assiste a um espetáculo como esse não esquece jamais.”
Sobre o Grupo
O Grupo ADID de Teatro nasceu em 1998 como extensão das aulas de artes cênicas oferecidas pela Associação para o Desenvolvimento Integral do Down. A necessidade de aprofundamento e a acentuada identificação dos alunos portadores da Síndrome de Down com a linguagem teatral motivaram a criação da companhia, que desde então encenou os espetáculos Romeu e Julieta (1998), Cinco Pequenas Histórias em Família (1999), O Jornal Falado (2000), Muito Barulho por Nada (2002), O Mambembe (2004), Um Violinista no Telhado (2006), A Vida É Sonho (2008), Sonho de uma Noite de Verão (2010) e A Viagem do Capitão Tornado (2012). Ao longo de sua trajetória, o Grupo ADID vem conquistando espaço em importantes roteiros culturais. Por meio da parceria com o SESI-SP, iniciada em 2010 e em sua terceira montagem, o ADID tem se apresentado em diferentes cidades do Estado de São Paulo.
Fonte: O Diário
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Sou cadeirante a 37 anos ja fiz e participei de muitas ações em prol a acessibilidade ultimamente venho trabalhando com o seguinte. Para carros parado em vaga exclusiva de cadeirante, de posse de um poncel atomico grosso lavavel desenhar no meio do vidro do motorista o simbolo de acessibilidade, não estraga o patrimônio e è educativo.
Em alguns lugares criaram a multa moral, um folheto explicativo sobre os direitos da vaga exclusiva para pessoas com deficiência. Achei que esse folheto tinha um baixo impacto, pois era só amassar e muitos ainda jogavam no chão. É preciso ter algum tipo de “prejuizo”, para que a ação tenha um significado e fique marcado na mente da pessoa. No exterior funciona com multas de alto valor.