A língua de sinais, conquistou os críticos de Hollywood em “Filhos do Silêncio”
Um dos filmes mais aclamados pela crítica na década de 80, Filhos do Silêncio recebeu quatro indicacões para o Oscar da Academia e ganhou o de Melhor Atriz para Marlee Matlin.
“Filhos do silêncio” (Children of a Lesser God) mostra uma escola de surdos. O Professor Leeds (William Hurt), com técnicas diferenciais, tenta ajudar seus alunos a se integrarem melhor na sociedade ao tentar ensiná-los a falar foneticamente por meio da música. Ao conhecer Sarah (Marlee Matlin), mulher surda que já foi aluna da escola e tornou-se funcionária de lá, Leeds encara seu maior desafio.
No filme, Sarah, por ser surda e não saber falar, foi desrespeitada pelos amigos da irmã durante sua adolescência e, por isso, tem certa resistência para relacionar-se com o Professor. Além disso, não possui um relacionamento muito bom com sua mãe, já que foi menosprezada por ela e por seu pai por ser diferente. Por já ter sofrido tanto, Sarah prefere fechar-se em seu próprio mundo.
Após um tempo de convivência, o professor Leeds e Sarah apaixonam-se. No filme, podemos perceber a dificuldade que os dois têm para se relacionarem. Leeds queria que Sarah aprendesse a falar e Sarah sente-se um pouco sufocada por Leeds. Apesar desses problemas, o relacionamento dos dois acaba sendo muito vantajoso para Sarah, já que ao passar a conviver com mais pessoas, ela começa a sentir vontade de sair de seu mundo solitário e isolado.
Ela quer mostrar que é capaz como as outras pessoas que escutam, quer mostrar que sua deficiência não a impede de fazer nada. O filme é muito comovente e nos faz pensar sobre diversos assuntos. Ao vermos o isolamento inicial de Sarah, refletimos sobre como a inclusão e a integração de pessoas deficientes constitui um desafio. Ambos os lados (os falantes e os surdos) necessitam trabalhar juntos para que essa inclusão possa ocorrer.
O filme também mostra que precisamos tratar as pessoas com necessidades especiais com muito respeito; temos que ser tolerantes e pacientes e tentar nos aproximar ao máximo de sua realidade para que possamos entendê-los. Não podemos obrigá-los a aprender a nossa linguagem. Quando Sarah e Leeds brigam no filme por um não entender o lado do outro, podemos ver uma cena muito interessante: Leeds mergulha na piscina para tentar compreender o mundo de silêncio em que Sarah vive. Outro preconceito que o filme quebra é que os surdos sabem se comunicar por si mesmos. Sempre temos a impressão que temos que falar por eles. No entanto, no filme observamos que eles têm suas próprias idéias, seus próprios pensamentos.
Também foi possível observar o tanto que temos que aprender uns com os outros e que todos somos iguais apesar de todas as nossas diferenças. O filme também mostra que podemos vencer as barreiras que existem entre as pessoas: no final do filme, Leeds e Sarah conseguem quebrar o silêncio e a falta de compreensão que existiam entre os dois; eles aprendem a verdadeiramente se comunicar. O filme é uma grande lição de vida e um grande aprendizado. Nos mostra um mundo sobre o qual pouco conhecemos e nos faz compreendê-lo melhor. Ou seja, o próprio filme tem um grande papel na integração da sociedade com a comunidade surda.
Fonte: Amigo Nerd
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