A CAPIH discute a Inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho hoteleiro
No próximo dia 21 de julho a CAPIH (Comissão dos Administradores de Pessoal da Indústria Hoteleira) se reunirá no Mercure Jardins para discutir a Inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho hoteleiro. Para aprimorar o debate sobre o assunto, a Comissão contará com a presença da consultora e psicóloga Lilian Cury, que atua no mercado desde 1991 e possui, em sua carteira de clientes, grandes empresas nacionais e multinacionais.
Lilian, que em fevereiro de 2000 se tornou deficiente visual, viveu sua própria inclusão e contará um pouco de sua experiência de vida para os membros da Comissão. Segundo Daniel Battistini, coordenador da CAPIH, é um grande momento para se debater o tema, já que a lei 8.213/91, chamada “Lei de Cotas”, completa 20 anos de existência no dia 24 de julho e se faz necessário um balanço sobre o que evoluiu desde sua publicação até hoje.
De acordo com a Lei de Cotas, as empresas que têm entre 100 e 200 empregados devem reservar pelo menos 2% da quantidade de vagas para profissionais com deficiência. Para empresas com até 500 funcionários a cota sobe para 3%; com até 1 mil, 4%; e acima de 1mil a cota estipulada pela lei é de 5%. A empresa que descumprir a Lei 8.213/91, quando autuada, pode pagar uma multa que varia de R$1.195,13 a R$119.512,33 conforme a Portaria 1.199 de 28 de outubro de 2003.
Por mais que a sociedade esteja lutando para que a pessoa com deficiência seja inserida e desfrute com igualdade dos mesmos direitos que as pessoas sem deficiência, ainda percebemos em pleno século XXI, na era da tecnologia e da inclusão social, que a maioria das pessoas ainda apresenta desinformação ou preconceito, procedente, em grande parte, das gerações passadas.
Durante nosso desenvolvimento, há aquisição de uma enorme carga de preconceito. Quando acontece a conscientização deste fato, tenta-se mudar, há um esforço em modificar o pensar e o agir, mas aqui ou acolá, observa-se um deslize, uma falha, revelando-se o que está intrínseco, escondido no mais oculto do aprendizado cultural.
Há algum tempo, quem atua junto ao segmento da pessoa com deficiência, busca sua inserção profissional e inclusão social, porém ainda ocorrem divergências entre a teoria e a prática. É preciso humanizar e sensibilizar a sociedade para o acolhimento das pessoas com deficiência, para serem vistos como seres humanos, com limitações, mas, assim como qualquer indivíduo, com potencialidades e dificuldades. Com isto, podemos evitar situações conflitantes e práticas discriminatórias.
Na área de trabalho, vale ressaltar a importância de mediadores de emprego que agem como facilitadores na construção de vínculos entre o profissional com deficiência e seus colegas de trabalho, auxiliando na compreensão sobre as diferenças e na convivência mútua. Servem de ponto de apoio na sensibilização dos colaboradores e gestores sem deficiência para não segregá-los, identificando suas habilidades e valorizando seu potencial. Desta forma, a contratação deixa de ser um mero cumprimento da Lei de Cotas.
A CAPIH é um grupo informal que atua no mercado há 30 anos e que obtém sucesso pelo comprometimento de seus participantes, os quais estão sempre presentes nas reuniões mensais que acontecem no mercado de São Paulo, havendo rodízio nos hotéis participantes. A única exigência para ingresso no grupo é que o profissional de RH esteja vinculado a um Hotel. O Coordenador é eleito pelo período de um ano, com direito a uma reeleição, o que possibilita um rodízio grande entre os participantes e o surgimento de novas idéias.
Fonte: Hotelier News
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