Em blitz na capital Mineira, cadeirante fala sobre riscos do álcool ao volante
Mais uma das quatro blitz da nova campanha de fiscalização da Lei Seca em Minas Gerais foi realizada na madrugada de sábado em Savassi, região centro-sul de Belo Horizonte, local de maior concentração de bares e restaurantes da capital mineira. A operação contou com a participação de policiais civis, militares, bombeiros e guardas municipais.
As campanhas utilizam de fatos reais para conscientizar os motoristas sobre os riscos de dirigir sob efeito do álcool. Na blitz da rua Fernandes Tourinho, o cadeirante José Wan der Maas de Souza Júnior, 26 anos, contou para os motoristas a sua história, marcada por uma acidente de moto aos 20 anos que o deixou paraplégico. Segundo Júnior, os motoristas “têm ouvido com carinho e atenção” as suas palavras. “É mais fácil eles escutarem e compreenderem alguém que viveu na pele o problema, que é vítima da experiência”, afirmou.
Enquanto voltava do restaurante que possui na região, Marcela Amorim Zico, 29 anos, e seus funcionários foram parados pelos agentes. Como dona de um estabelecimento que vende bebidas alcoólicas, ela contou que, “para evitar que os clientes dirijam após beber, o restaurante fez um convênio com um grupo de taxistas, justamente para ajudar as pessoas que tenham bebido”.
Os motoristas que foram flagrados e que não quiseram soprar o bafômetro foram multados em R$ 957,70 e tiveram a carteira de habilitação apreendida. Foi o que aconteceu com um condutor que alegou não ter bebido, mas recusou fazer o teste. “A gente presenciou que ele está com o hálito (cheiro de bebida), olhos avermelhados, veio caminhando para o lado de cá (ao descer do carro) balançando, então não teve jeito de fugir da fiscalização”, disse o capitão Orleans Antônio Dutra, comandante da operação pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.
Nas quatro blitze realizadas na madrugada de sábado, 214 veículos foram abordados e foram realizados 135 testes com o bafômetro. No total, 22 pessoas foram flagradas com nível de álcool no sangue acima do permitido, sendo que, destas, sete foram autuadas por crimes de trânsito por dirigirem com nível acima de 0,34mg/l.
Maior rigor
Desde o último fim de semana, Minas Gerais passou a ter tolerância zero para os motoristas que insistirem em dirigir embriagados. As forças de segurança do Estado, coordenadas pela Secretaria de Defesa Social (Seds), devem realizar blitze permanentes para abordar e retirar das ruas aqueles que abusarem da bebida antes de pegar o volante. O modelo adotado pelos mineiros agora é o mesmo que já está em vigor no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, onde quem se recusa a passar pelo bafômetro é quase automaticamente punido.
Desde o último dia 14 de julho, as operações já vêm sendo executadas em Belo Horizonte e região metropolitana, mas em caráter educativo. Até agora o motorista que apresentasse sinais de embriaguez tinha a opção de soprar ou não o etilômetro, o popular bafômetro, que mede a quantidade de álcool no sangue.
Segundo a Seds, a partir de agora a campanha “Sou pela Vida. Dirijo sem bebida” entra em fase final de implantação e o motorista que não soprar o bafômetro, independente de ter ou não sinais evidentes de embriaguez, pagará multa de R$ 957,70 e terá a carteira de habilitação apreendida.
Fonte: Terra
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