Acessibilidade na Bienal do Livro Rio. Inclusão de pessoas com deficiência no universo literário.
Em sua XIX edição, a Bienal do Livro Rio escreve um capítulo relevante para a história do maior festival literário do país: todas as sessões terão interpretação simultânea em libras. Com uma programação diversa e para todos os públicos, a Bienal também se torna ainda mais acessível, oferecendo também visitas guiadas para deficientes visuais no espaço infantil, uma das principais atrações da Bienal.
“A Bienal é um evento literário incrível e cheio de experiências riquíssimas. A acessibilidade nas palestras, através da interpretação em libras, e a visita guiada para os cegos e pessoas com baixa visão no espaço kids permitirão maior interação e imersão, dando uma vivência nova e única para os frequentadores que são PcDs”, comentam Ana Lúcia Motta e Patrícia Saiago, responsáveis pela acessibilidade no evento.
Neste pavilhão, batizado de Pela estrada afora, os visitantes poderão explorar uma floresta que ganha vida dentro de um grande livro pop-up, em um espaço de experiência sensorial que convida crianças e adultos para descobrirem o universo da literatura infantil. As visitas guiadas para deficientes visuais acontecerão nos dias 30 e 31 de agosto e nos dias 1, 4, 5, 6, 7 e 8 de setembro (às 9h, durante a semana, e às 10h, nos finais de semana), com inscrição prévia pelo site https://www.bienaldolivro.com.br/visita-guiada/.
A Bienal começa no próximo dia 30 de agosto e segue até o dia 8 de setembro, no Riocentro, na Barra da Tijuca. Durante as sessões do Café Literário e da #ArenaSemFiltro e Encontro com Autores, dois profissionais vão se revezar na tradução, garantindo o entendimento das discussões para todas as pessoas. A programação do Fórum de Educação – que acontece nos dias 2 e 3 de setembro, com uma agenda voltada exclusivamente para educadores -, também terá interpretação por libras.
Ainda no projeto de acessibilidade da Bienal do Livro Rio, 40 crianças com deficiência visual que estudam no Instituto Benjamin Constant, em Laranjeiras, foram convidadas para visitar o festival. O grupo conhecerá o espaço infantil com visitas guiadas nos dias 2 e 3 de setembro, com dois guias apresentarão o espaço por meio de audiodescrição e experiência sensorial. Na toca de leitura, serão disponibilizadas edições em braile para o contato direto das crianças com os livros.
Como chegar
A venda antecipada de ingressos está aberta pelo site www.bienaldolivro.com.br . O principal objetivo é oferecer mais conforto ao público, que poderá se organizar para ir na data em que desejar, sem ficar preso a um dia específico na hora da compra. Com ingresso em mãos, também será possível entrar sem enfrentar filas. Este ano, haverá duas entradas para a Bienal, pelas avenidas Salvador Allende e Olof de Palme, que contam com estações de BRT. Haverá desembarque alternado, contribuindo para melhor movimentação do público. Para quem for de carro, haverá estacionamento no local e vagas extras no condomínio Ilha Pura (apenas nos finais de semana – 31/08, 01/09, 07/09 e 08/09), que fica ao lado do centro de convenções e eventos.
Serviço
Local: Riocentro – Avenida Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ
Data: 30 de agosto a 08 de setembro de 2019
Dias de semana: 09h às 21h
Sexta-feira: 09h às 22h
Finais de semana: 10h às 22h
Valor: R$ 30 (inteira)/ R$ 15 (meia-entrada)
Compra online: https://www.bienaldolivro.com.br/
Ponto de vendas no Solar de Botafogo (Rua General Polidoro, 180, em Botafogo): de terça a domingo, das 15h às 19h30
Fonte: Solidário Notícias
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NO ano passado fui a Bienal, sou portadora de deficiência física, ando com bengala.
O Riocentro onde se dá o evento é muito grande, portanto inviabiliza qualquer pessoa com alguma limitação física de caminhar por todo o espaço por horas para poder conhecer todos os eventos e participantes.
Quando lá cheguei não havia cadeiras de rodas disponíveis que pudessem ser usadas gratuitamente, *(afinal seria o mínimo pois somos consumidores de livros, para isso estamos lá); no entanto só haviam dois carros elétricos que para serem usados (pasmem!!!),teríamos que por hora um preço altíssimo, algo em torno de 80 reais a hora.
Espero sinceramente que esse ano isso tenha melhorado. Que tipo de acessibilidade é essa aí que além de você consumir, tem de pagar alto para se locomover em um espaço desse tamanho?!? E não tinha sequer uma outra opção…
É obrigação do centro de exposições, no caso o Riocentro, e da organização do evento, no caso a Bienal do Livro, proporcionar acessibilidade. Porém, ser grande não quer dizer inacessível. Não é obrigação do local oferecer scooters ou transporte gratuito, isso fica à escolha do evento oferecer. Seria uma boa prática, mas obrigação não. O Riocentro é grande para todos, não só para pessoas com deficiência. Daí vai da pessoa ver suas condições, e se for grande demais, visite somente uma parte. Mas associar simplesmente tamanho a falta de acessibilidade está errado.