Organizador de Londres 2012 dá recado a políticos do Brasil sobre a acessibilidade
O diretor de sustentabilidade e regeneração urbana dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Dan Epstein, pediu aos políticos brasileiros uma mudança de pensamento para realizar construções modernas e úteis após o evento que será realizado no Rio de Janeiro em 2016. Durante apresentação no 2ª Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus, o especialista disse também que espera um convite do Comitê Olímpico Brasileiro para passar toda a experiência na organização do evento no Reino Unido.
“Os políticos querem ser amados. Mas o mundo está olhando para o Rio e para o Brasil agora. Pensem que agora é a chance de fazer algo diferente. Deixem de lado os egos. O resultado para o Brasil pode ser enorme”, afirmou. Segundo ele, o governo deve decidir o que quer e ser transparente nos objetivos e na comunicação com os cidadãos sobre as exigências de planejar um evento tão grande como a Olimpíada. Essa transparência é importante quando o orçamento for revisto, a estimativa inicial para Londres 2012 era de 2,4 bilhões de libras e depois de seis meses foi para 9 bilhões de libras.
“Percebemos que tínhamos que construir uma cidade do futuro, não somente para a Olimpíada, e tivemos que explicar isso. Foi complicado”, disse o especialista. De acordo com Epstein, construções sustentáveis podem custar um pouco a mais, no entanto, além de ser um investimento em qualidade de vida, também custam menos do que será gasto no futuro para adaptar as instalações.
“Se você construir com acessibilidade, vai custar nem 1% a mais, mas se você tentar colocar depois custa 12% a mais. Algumas tecnologias como janelas de vidro no telhado não custam a mais, enquanto painéis solares sim. Se não planejar vai custar muito mais, mas se for planejado vai custar um pouco a mais e terá maior qualidade de vida, pessoas trabalhando mais felizes. É um investimento. No futuro, estes prédios ecológicos terão mais valor que os demais”, afirmou.
Epstein encerrou sua participação se colocando à disposição do comitê brasileiro. “Estou aqui esperando pelo convite. Há uma tradição na passagem da Olimpíada de uma cidade para outra. Aprendemos muito com Sydney e Atenas. Pequim é muito diferente. Já mostramos algumas coisas a brasileiros, mas para aprender é preciso muito mais tempo e explicar detalhes técnicos. Levaria pelo menos seis meses. Estamos abertos a isso”, disse.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=LEoxGJ79PMs&feature=related]
Fonte: Expresso MT
Compartilhe
Use os ícones flutuantes na borda lateral esquerda desta página
Siga-nos!
Envolva-se em nosso conteúdo, seus comentários são bem-vindos!
2 Comentários
Enviar um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Artigos relacionados
Acessibilidade no ESG. Equipotel aborda o tema para o turismo.
Acessibilidade no ESG, para o mercado do turismo. Equipotel aborda a importância da inclusão da pessoa com deficiência.
Morte Sobre Rodas. Filme inclusivo foi candidato ao Oscar.
Morte Sobre Rodas. Dois protagonistas do filme, são pessoas com deficiência, um usuário de cadeira de rodas e outro com paralisia cerebral.
Paralimpíada de Paris 2024. A deficiência não é um limite.
Paralimpíada de Paris 2024. A cidade luz sedia o maior evento esportivo do mundo para as pessoas com deficiência.
parabéns…estaremos junt@s!!!!!!!!
A união faz a força!