Acessibilidade no Mercado del Olivar em Palma de Mallorca

por | 8 jun, 2019 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

Uma das coisas que eu (Ricardo Shimosakai) gosto muito de fazer quando viajo, principalmente fora do país, é visitar mercados de alimentos. É praticamente um museu da gastronomia local, pois você encontra os produtos que as pessoas costumam utilizar naquele destino. Algumas comidas e ingredientes são bastante diferentes, coisas que você não está acostumado a ver em mercados brasileiros.

Há também produtos que conhecemos, mas que são utilizados de outra forma. Mas também acho muito interessante ver produtos que são vendidos no Brasil, mas que lá fora tem outro nome. Por exemplo, a marca de sorvetes Heartbrand que pertence à multinacional Unilever, produz os sorvetes conhecidos no Brasil como Kibon, mas na Espanha é chamada de Frigo, na Áustria de Eskimo, no Equador de Pinguino, na Inglaterra de Wall’s e vários outros.

Também é divertido encontrar brasileiros famosos participando de campanhas publicitárias de outros países. Eu já vi o Ronaldo Fenômeno num cartaz de um shampoo contra queda de cabelos, e o Neymar na embalagem de uma bolacha da Oreo, na Espanha.

Você percebe diferenças também na maneira de vender. Existem supermercados onde existem estações autônomas, onde o próprio cliente vai, identifica os produtos num sensor de código de barras, faz o pagamento através de cartão e depois coloca as compras em sacolas. É o mesmo processo de compra só que sem um atendente de caixa. No Brasil alguns lugares começaram a fazer algo parecido.

Palma, a maior cidade da ilha de Mallorca, é a capital cosmopolita das Ilhas Baleares, onde se inclui a ilha de Menorca, e é também um destino mediterrânico imensamente popular entre turistas. O Mercado del Olivar (Mercat de l’Olivar) está localizado no centro histórico de Palma. Construído em 1951, é um edifício luminoso de arquitetura mediterrânica composto por duas naves perpendiculares convergentes que se abrem como braços acolhedores para uma praça que possibilita a passagem da luz através de sua massa compacta sem que haja prejuízo na percepção das formas e que convida ao trânsito e ao encontro.

Depois de quarenta e sete anos, o Mercado del Olivar enfrentou uma transformação organizacional crucial: tornou-se uma Sociedade Mercantil agrupando os mercadores do mercado. Em 1998, obtiveram a concessão administrativa, o que lhes permitiu enfrentar uma profunda remodelação que culminou em 2003.

As corporações de peixarias, carnes, frutas e vegetais se reagruparam, colocando-se em seus próprios espaços, embora interconectados, reforçando a sensação de espaço organizado e organizado, coletivo e orgânico. Iluminação natural foi reforçada, facilitando a difusão da luz, clara e mediterrânica, em todo o edifício.

Em relação a acessibilidade, a forma física do local não é muito diferente, com diversos corredores, prateleiras altas, divididos em setores. Em alguns dos mercados encontrei carrinhos de compras adaptados, respeito para as vagas de estacionamento reservadas, e acessibilidade para entrar no estabelecimento. São alguns dos detalhes que fazem a diferença.

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