Brasília terá que se adaptar para fazer parte do planejamento aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.
Selecionada como uma das sedes do futebol nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Brasília quer mais. A capital pleiteia agora ser uma das cidades que receberão as delegações estrangeiras para aclimatação e treinamento na Olimpíada e na Paraolimpíada de 2016. Só que terá que construir e reformar diversos pontos para entrar nos padrões estabelecidos pelo Comitê Paraolímpico Internacional (IPC). Quem faz o alerta é o diretor-geral dos Jogos Rio-2016, Leonardo Gryner.
“Temos um processo de seleção em andamento até o próximo dia 5, quando faremos um seminário com as cidades pré-selecionadas para explicar quais são os requerimentos que elas deverão atender. Vamos trabalhar muito duro, como se todos os dias já fossem o da cerimônia de abertura”, avisa Gryner. Entre as possíveis adaptações estão a instalação de sinais sonoros, rampas de acesso ao meio-fio, escadas rolantes e elevadores públicos, além de calçadas padronizadas e transporte público com acessibilidade.
Segundo Gryner, o desejo do comitê organizador dos Jogos é sensibilizar a sociedade para que as mudanças na acessibilidade não sejam temporárias. “As pessoas devem ampliar o conceito de que acessibilidade não é só para pessoas deficientes. A sociedade brasileira precisa se conscientizar de que diferentes grupos têm necessidades especiais, como crianças, idosos, grávidas ou pessoas que se machucaram e precisam usar muleta ou cadeira de rodas temporariamente. Queremos deixar isso como legado.”
Apostando em Brasília como cidade-modelo para o esporte adaptado, a Secretaria de Esportes diz que criou três metas para os próximos anos. “Queremos ter uma seleção de atletas de Brasília nas Paraolimpíadas e estabelecemos o alto rendimento como objetivo. Já começamos a fazer um trabalho voltado aos deficientes nas Vilas Olímpicas e faremos todas as adaptações necessárias nos locais que servirão de centro de treinamento para as delegações de outros países”, garante o secretário da pasta, Célio René. A Secretaria promete divulgar os locais inscritos para receber as seleções estrangeiras no início da próxima semana.
Cidade-modelo
A pedido do governador do DF, Agnelo Queiroz, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) criou um plano de desenvolvimento do esporte paraolímpico na cidade. Sem data para implementação ou valor do investimento, o presidente do CPB, Andrew Parsons, revela três iniciativas que permitirão que ele se torne realidade ainda neste ano. “Os projetos principais do plano são: a criação do Centro de Treinamento de Atletismo (aproveitando a estrutura já existente, mas fazendo melhorias e contratando pessoal), do Centro de Excelência em Cadeira de Rodas e do Time Brasília (com atletas de alto rendimento)”, afirma.
De olho na experiência militar
Leonardo Gryner destaca que o momento ainda é de organização e planejamento dos Jogos de 2016. Somente a partir de 2013 serão incorporadas as equipes operacionais. Até lá, o Brasil se dedica a aprender com a experiência de outros países que sediaram as Olimpíadas e as Paraolimpíadas e terá a oportunidade de ver de perto a realização dos Jogos Mundiais Militares, em julho, no Rio de Janeiro.
“Iremos acompanhar determinadas questões como transporte, credenciamento, atendimento aos atletas, e, sobretudo, as vilas olímpicas e as instalações que receberão as competições”, avisa Gynger, destacando que a vila construída em Deodoro será utilizada nos Jogos de 2016. “É muito importante ver como estão funcionando os locais de competição e que tipo de adaptação precisaremos fazer depois dos Jogos Militares para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.”
Estatísticas e curiosidades
Faltam 1.999 dias para a realização da primeira Paraolimpíada no Brasil. De acordo com o CPB, a meta é de que o país fique entre os cinco primeiros lugares no quadro geral de medalhas nos Jogos Rio-2016.
Fonte: Super Esportes
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Ricardo,
Acabei de me mudar para uma cidade (New Haven, CT, EUA) que está se adaptando aos seus cidadãos.
É bacana ver as calçadas todas sendo reformadas, ganhando uma pavimentação contínua, com juntas de dilatação que diminuem as rachaduras do concreto, rampas no meio fio de todas as esquinas (pelo menos no centro, onde a reforma está mais avançada), os semáforos que tem aviso sonoro e visual.
O centro da cidade, com 373 anos é tombado. Isso talvez fosse um complicador para qualquer alteração urbana, mas o projeto cuidadoso parece não ter causado grandes impactos que descaracterizassem a cidade.
Eu sei que leva tempo. Que infelizmente as mudanças não são feitas na medida de urgência que os moradores gostariam que fossem, mas fico feliz em ver que, com planejamento, memo uma cidade pequena e com uma população considerada pobre pelos padrões locais, consegue fazer mudanças como estas, imprescindíveis em estados democráticos e que primam pela cidadania em todas as esferas.
Espero que Brasília consiga tornar-se acessível (a tempo dos Jogos Olímpicos) a todos aqueles que residem e visitam a bela capital.
Olá Laura,
Se puder, escreva para mim sobre mais detalhes da acessibilidade de sua cidade. Vai ser muito bom para motivar as pessoas no Brasil para tomar atitudes de transformação ou mesmo para visitar o local. Mande fotos, videos e outros recursos que possam ajudar a enriquecer suas palavras. Será que conseguiria fazer isso? Meu email é [email protected]
beijos
Assim que o sol (está chovendo e com previsão de neve…) sair faço uma sessão de fotos e conto um pouco mais sobre a cidade.
Aos poucos estou publicando minhas impressões no meu blog também, se quiser acompanhar.
Abraços