
Cabine telefônica acessível no Japão. Respeito e qualidade de um povo.
Você se lembra qual foi a última vez que usou um telefone público? Aliás, você sabe como funciona um telefone público? Antigamente no Brasil, eram utilizadas as fichas telefônicas, semelhantes a moedas com ranhuras. Depois vieram os cartões telefônicos. No Brasil é difícil encontrar cabines telefônicas, as proteções de telefones públicos externos, ainda é aquela cobertura ovalada popularmente chamada de “orelhão”.
No Japão, os telefones públicos funcionam com cartão e também com moedas comuns. A moeda é muito mais utilizada, tem mais serventia nas milhares de máquinas automáticas de bebidas, cigarros e outros produtos, espalhados por todo o país. Nas áreas externas, a utilização da cabine fornecia uma proteção melhor abafando o som ambiente, além de ventos e chuvas. Tinha até um lugar para sentar.
À medida que você utilizava o cartão, ele fazia uma marca na lateral, que tinha uma escala, e dai você conseguia ter uma idéia de quanto tempo tinha utilizado. Além disso, o cartão possui uma parte recortada em um lado, assim pessoas cegas conseguiam saber o lado certo de introduzir o cartão. Quando eu (Ricardo Shimosakai) morei no Japão, os cartões telefônicos traziam imagens muito lindas, e eram colecionados por muitas pessoas. Eu mesmo já cheguei a ter mais de duzentos cartões.
Essas curiosidades têm um significado por trás. Se o telefone público é uma peça antiga, então podemos perceber que o Japão se preocupa com a acessibilidade há muitos anos. Como os anos que estive no Japão foram anteriores à minha lesão, então não prestava muito atenção para a acessibilidade no local.
Mas puxando pela memória, uma coisa que eu recordo e que só depois com um olhar de cadeirante achei incrível, é que em muitos lugares a calçada e a rua estão no mesmo nível, então não há necessidade de rebaixamento de guias. Agora com a próxima sede das Paralimpíadas em Tóquio 2020, não tenho dúvidas que a cidade ficará ainda melhor do que já é, sentimento que infelizmente não tive quando o evento foi realizado no Rio de Janeiro.
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