O local que aparece no vídeo é o Parque do Ibirapuera, acessado pelo portão 7. É possível perceber que o piso já foi bom, principalmente comparando por alguns lugares onde ele ainda não está destruído. Mas nada é tão bom que dure eternamente, e para que o material tenha uma vida útil prolongada precisa de cuidado e manutenção. E quando a qualidade já passa dos limites aceitáveis, são necessárias reformas. Pela minha percepção, como frequente usuário do local, nenhuma dessas medidas são tomadas.

Mesmo um pequeno galho ou uma pedra, por menor que seja, podem travar a roda dianteira da cadeira de rodas, podendo causar até um acidente. Ao contrário de pessoas que andam, e que conseguem passar por cima dos obstáculos, as rodas têm um contato permanente com o piso, e daí acabam absorvendo todas as suas irregularidades.

Até mesmo fezes de animais e cacos de vidro representam obstáculos, pois a primeira compromete a higiene pessoal, e a segunda pode furar seu pneu, e cadeiras de rodas não possuem estepe.

Alguns tipos de piso, dificultam bastante a locomoção de um cadeirante. Locais com pedregulhos, usado bastante em estacionamentos, são terríveis. Se uma pedrinha atrapalha, imaginem um piso cheio delas. Pavimentos ecológicos, que são aqueles vazados e preenchidos com grama, são bastante difíceis também, pois geralmente o local onde está a grama não é firme. Nem espaços interiores escapam, uma vez que tapetes ou carpetes grossos e macios, acabam “agarrando” as rodas, algo parecido como andar na areia.

O que se pode deixar como recado, é que o piso é um ítem básico e muito importante para a acessibilidade, afinal eles estão em todos os lugares, públicos ou privados, internos ou externos. Então quando for pensar em acessibilidade, não se esqueça de pensar nos pisos.

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