Acessibilidade ao patrimônio – Rota do Românico do Vale do Sousa
Numa crescente exigência de um turismo de qualidade e para todos, é reforçada a necessidade de uma garantia de acesso ao património edificado e à cultura que ele representa, assegurando a sustentabilidade turística dos territórios. Foram estes os pressupostos subjacentes ao Plano de Promoção da Acessibilidade da Rota do Românico.
Considerado nas suas diversas componentes – os monumentos, o espaço público, a comunicação e a info-acessibilidade – a elaboração do Plano estruturou-se em três fases:
– diagnóstico e levantamento (identificação de constrangimento);
– proposta de intervenção no edificado, espaço público e comunicação;
– relatórios e classificação final (cenários de implementação de acessibilidade e síntese de eliminação de barreiras arquitectónicas).
A este Plano sucederá a fase de implementação física das soluções e do equipamento acessível no edificado e no espaço público, estando os outputs da componente de comunicação concluídos: material de divulgação da Rota em Braille (folheto-resumo; 21 marcadores de livros; filme traduzido com linguagem gestual; vocalização de 11 sítios na internet, tradução da monografia – em curso).
A par da apresentação do Plano foi dado a conhecer o projecto de implementação de acessibilidade do Românico Palentino (Palência-Espanha). No decurso de 2010, em que se comemora o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, a introdução de novos conceitos, a alteração de mentalidades, o traçar de novos caminhos no acesso ao Património, à cultura, ao lazer, em suma, à fruição turística para todos – consubstanciada na implementação de uma rota acessível operacionalizada pela rede de comercialização turística – dão um claro sinal de cidadania neste novo paradigma das sociedades contemporâneas.
A Rota do Românico do Vale do Sousa é constituída por 21 elementos patrimoniais englobando mosteiros, igrejas, memoriais, pontes e torres, edificados entre os séculos XI e XIII. Este projeto estruturado, de cariz supra-municipal, pretende afirmar-se como um produto turístico-cultural capaz de posicionar o Vale do Sousa como um destino de referência do Românico. O Românico do Vale do Sousa encontra-se associado à fundação da Nacionalidade e testemunha o papel relevante que este território outrora desempenhou na história da nobreza e das ordens religiosas em Portugal.
“O direito de usufruir dos elementos patrimoniais, independentemente da capacidade de mobilidade, representa um importante desafio político, mas interpela também outros atores institucionais – agentes culturais, autárquicos, associativos, turísticos. Constitui, no fundo, um repto a todos nós – se o patrimônio reinventa temporalidades; nas sociedades atuais, certamente que terá de funcionar como uma estrutura de inclusão das pessoas com mobilidade condicionada. O desafio está lançado e será, seguramente, mais uma oportunidade alcançada por esta equipa”, diz Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação. Acessando o link a seguir, você poderá assistir o vídeo onde Idália fala num evento em Lousada, onde tomou parte da apresentação dos resultados obtidos no âmbito do Plano de Promoção da Acessibilidade da Rota do Românico.
“O turismo acessível tem de se tornar parte integrante do planejamento econômico e da decisão política e empresarial. Existe um processo de aprendizagem em curso, em Portugal e um pouco por todo o mundo, para fazer conviver a atividade turística com a acessibilidade e mobilidade para todos. Esta assimilação deve tender a ser cada vez mais parte da gênese dos projetos de valorização do patrimônio, não surgindo apenas como um argumento adicional. O turismo, como todas as outras atividades econômicas, tem de aprender a viver com a diferença”, citou Alberto Santos, Presidente da Associação de Municípios do Vale do Sousa
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Fonte: INR
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