Namorar é bom, mas algumas barreiras de comunicação podem impedir que duas pessoas se encontrem e iniciem um relacionamento. Atualmente, na era das relações virtuais, à distância, a tecnologia é uma aliada. E todas as inovações que permitem a inclusão de fato, o acesso real, devem ser comemoradas.
Foi com a proposta de incluir verdadeiramente, de aproximar pessoas, que o site de relacionamentos ‘ParPerfeito’ lançou um aplicativo com recursos de acessibilidade para pessoas cegas ou com deficiência visual. Disponível em um primeiro momento apenas para smartphones iOS (clique aqui), o app prioriza a opção de tela em alto contraste e o serviço de VoiceOver. Um vídeo publicado nesta quarta-feira, 28, mostra esse recursos.
O desenvolvimento teve apoio de técnicos do Instituto Benjamin Constant, que fizeram testes e sugeriram melhorias, como alterações das cores para alto contraste e mudança da posição de alguns botões.
“Após alguns testes feitos pelos servidores José Francisco de Souza e Jorge Fiore de Oliveira Junior, especialistas em Tecnologia Assistiva, considerou-se o aplicativo ParPerfeito uma ferramenta a mais para que as pessoas cegas possam interagir entre si e com outras pessoas sem deficiência, buscando relações inclusivas”, afirma Maria da Gloria, assessora da direção geral e presidente da Comissão de Acessibilidade do Instituto Benjamin Constant.
Fundado em 2000, o ‘ParPerfeito’ tem 30 milhões de usuários. O sistema permite buscas detalhadas por critérios específicos dos perfis cadastrados, ferramentas de interação entre os usuários, política de privacidade, além da facilidade de navegação.
A marca pertente ao Match Group LatAm e, segundo Gaël Deheneffe, presidente do grupo, a participação do Instituto Benjamin Constant foi fundamental no resultado final do aplicativo. “Pretendemos criar versões acessíveis a outros sites e aplicativos do grupo”, diz.
O grupo é dono ainda do Tinder, Divino Amor (direcionado a evangélicos), Match.com, SingleParentMeet (aplicativo de relacionamento especializado em pessoas solteiras que têm filhos) e G Encontros (voltado ao público LGBT).
O Brasil tem, conforme informações do Censo IBGE 2010, aproximadamente 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual. Desse total, 528.624 são cegas e 6.056.654 têm baixa visão ou visão subnormal.
Fonte: Estadão