Os Jogos Paralímpicos foram uma grande oportunidade para mostrar ao mundo que pessoas com deficiência são perfeitamente capazes de fazer diversas atividades da forma mais competente possível. Mas, mesmo nos Jogos, pouco se fala sobre outros aspectos como a sexualidade e a capacidade de se relacionar das pessoas com deficiência. Muita gente não consegue imaginar que um deficiente tenha tesão, desejo, carências, curte namorar, sair pra balada, enfim, necessidades normais de qualquer ser humano.
Ver pessoas em momentos íntimos pode ser constrangedor.
Para pessoas com alguma deficiência demonstrando intimidade, além dessa parte, sofrem com mais alguns estigmas da sociedade, que não sabe lidar ou reagir direito.
Cerca de dois terços das pessoas admitem se sentir desconfortável ao lado de outras pessoas com alguma deficiência. Isso significa uma coisa: precisamos melhorar muito essa questão ainda.
Por isso, no Dia Internacional do Beijo, um grupo decidiu compartilhar momentos públicos de amor de casais em que pelo menos um dos parceiros tem alguma deficiência.
O vídeo feito pela Scope, uma instituição de caridade do Reino Unido que defende os direitos das pessoas com deficiência.
Três casais aparecem no vídeo sem medo de mostrar seu amor. E nem deveriam ter mesmo.
O vídeo faz parte da campanha #EndTheAwkward. (Em tradução livre, algo como “Acabe com a estranheza”).
“Não basta as pessoas saberem ou interagirem com as pessoas com deficiência”, le-se no site da campanha. “Por isso, quando o fazem, eles muitas vezes não sabem o que fazer. Eles entram em pânico, ou pior, apenas evitam situações por medo de fazer a coisa errada. … Queremos acabar com isso.”
Devemos nos perguntar o porquê de um ato de intimidade entre duas pessoas nos deixar tão desconfortáveis em relação ao outro. Lembre-se: Um beijo é só um beijo, e as pessoas são apenas pessoas!
Fonte: Razões para acreditar
Parabenizo a Scope pela importante campanha #EndTheAwkward (“Acabe com a estranheza”). Estou certa que essa iniciativa trará exitosos resultados.
Há 10 anos sofri um problema neurológico que me privou de andar e comprometeu minha fala. Desde então, apesar de eu ser uma jovem senhora de 63 anos, alegre, bonita, inteligente, atraente e charmosa, a maioria das pessoas me vem como um ser assexuado, sem libido – energia do desejo e do prazer sexual.
Homens me olham de soslaio e nunca se aproximam. Quando se aproximam, tratam-me como pessoa sem capacidade para nada, inclusive para AMAR, no sentido de realizar o amor físico; praticar o ato sexual.
Fico pensando com meus botões: Mal sabem os homens o que estão
perdendo. Afinal, gastei a vida me capacitando para o AMOR. Agora, que está na hora de pôr em prática a capacidade advinda da minha experiente perícia fruto de bom treinamento, condição que me elevou ao título de Mestre no assunto, pergunto, na expectativa de que minha voz tenha eco: Onde estão os parceiros?
Apresentem-se, candidatos.
Iracema Dantas – Miss Goiânia Simpatia 3ª Idade Cadeirante
Olá Iracema, mesmo numa sociedade mais informada e liberal do que anos atrás, ainda há preconceito relacionados à pessoa com deficiência e terceira idade. Acho que são rótulos, e cada pessoa precisa ser conhecida na sua individualidade.