Crianças e adultos com deficiência, moradores da Regional CIC, desfrutaram de uma manhã espacial neste domingo (31). Em uma iniciativa da Prefeitura de Curitiba, elas participaram da primeira ação de auxílio transporte, que disponibilizou um micro-ônibus adaptado do programa Acesso para que pudessem conhecer e participar das diferentes atividades inclusivas promovidas pelos programas Ciclolazer e Inclusão Mais Bici, na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.
Os dois programas oferecem brincadeiras e jogos às famílias nas manhãs de domingo. O skate adaptado é um deles, e permite que crianças com deficiência motora possam experimentar o equipamento. As bicicletas tandem, com dois e três lugares, permitem que cegos experimentem a sensação de pedalar, em companhia do guia ou acompanhante. As experiências também podem ser vividas pelos usuários de cadeira de rodas, com o uso da handbike.
“Parece que a gente tá flutuando”, exclamou dona Julia Twureck, de 73 anos, ao experimentar uma volta de skate na pista especial para pessoas com deficiência. Sem poder andar há pouco mais de um ano, vítima de um AVC, ela participou da programação acompanhada do marido Leônidas. Aproveitando a estrutura, que consiste em um sistema de suspensão por correias acolchoadas semelhante a uma tirolesa, ela também deu alguns passos. “Nunca imaginei ter esta oportunidade. Foi um dia especial”, disse.
“Uma experiência incrível para minha filha, que pode visitar esta praça pela primeira vez. Sem o transporte especial seria muito difícil, já que pra vir até o centro da cidade dá sempre muito trabalho e a gente acaba desistindo de sair”, relatou Carina Aparecida Ramos, mãe da Evelyn, de 10 ano, cadeirante e também deficiente visual. Segundo ela, a ideia é aproveitar as próximas oportunidades.
Ao todo, o micro-ônibus do programa Acesso trouxe 16 pessoas, entre deficientes e acompanhantes, num trajeto de aproximadamente 15 quilômetros desde a Regional da CIC. “Meu filho ficou muito feliz e eu também, por ver ele sair de casa e ter um pouco de lazer. A gente mora longe e seria muito difícil vir sem transporte especial”, observou Renata Sansão, mão do pequeno Alex, de 11 anos, que é cadeirante e não possui qualquer coordenação motora. “Sem este apoio dificilmente a gente sairia para passear. Nos deslocarmos para longe é demorado e trabalhoso”, comentou Marcos Henrique Oliveira, cadeirante e morador da CIC.
Fonte: Bem Paraná