O turismo pode oferecer a pessoas com deficiências visuais experiências por meio dos sons, do toque e do cheiro. O Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, oferece o contato com orquídeas, pés de manjericão, alecrim, entre outros, dispostas especialmente para aguçar os sentidos do tato e olfato.
Já o Zoológico de Brasília oferece passeios quinzenais a grupo de até 15 pessoas e permite aos visitantes tocar em animais vivos e empalhados, segundo a diretora de Conscientização Ambiental do Zoológico, Marcelle Silveira.
O sabor e o aroma de bebidas, como café e vinho, são apreciados em visitações em uma fazenda de Araguari, Minas Gerais, de acordo com Viviane Lemes, dona de uma agência de viagens que atua em roteiros turísticos relacionados ao café.
No mês passado, ela levou pessoas com deficiência visual para experimentar as etapas de produção do café, como a colheita, a secagem no terreiro, o café despolpado, o processo de seleção de grãos, os níveis de torra e até as provas de qualidade da bebida.
Uma galeria da Pinacoteca de São Paulo permite tocar 12 esculturas em bronze, parte do acervo do museu. A seleção das obras levou em conta a indicação do público com deficiências visuais. A dimensão, a forma, a textura e a diversidade estética facilitam a compreensão e apreciação artística dessas obras ao serem tocadas.
Fonte: Manchete Online