A Secretaria de Aviação da Presidência da República lançou, nesta terça-feira (22.09), uma cartilha para padronizar a operação dos 39 aeroportos (entre prioritários, monitorados e de apoio) que atenderão à principal demanda dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O “Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil – Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016” estabelece ação coordenada e integrada entre operadores aeroportuários e órgãos do sistema nacional de aviação civil.
O documento, desenvolvido pelo Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), órgão criado no âmbito da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), define normas, procedimentos e fluxos de gestão e operação para áreas como Segurança e Defesa, Recursos Humanos e Treinamento, Melhorias de Conforto, Acessibilidade, Gerenciamento de Infraestrutura e Capacidade. O plano foi desenvolvido com base na experiência adquirida pelo Brasil durante a Copa do Mundo FIFA 2014, a Copa das Confederações (2013), a Jornada Mundial da Juventude (2013) e a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 (2012).
Ao todo, 39 aeródromos, localizados nas cidades-sede e a uma distância máxima de 200 quilômetros delas, serão impactados pelas medidas. A coordenação não afetará os horários dos voos comerciais regulares, que continuarão tendo prioridade. Pousos e decolagens de aviões executivos, no entanto, terão suas operações condicionadas à disponibilidade de horário e espaço para pouso.
O governo federal vai monitorar toda a operação a partir de uma Sala de Comando e Controle, localizada no Rio de Janeiro, que deve funcionar de 20 de julho a 24 de setembro de 2016, 24 horas por dia, com representantes de todos os órgãos públicos envolvidos. “Técnicos da Secretaria de Aviação também estarão presentes nas chegadas e partidas de voos nacionais e internacionais, principalmente nas datas de competições de maior demanda, para acompanhar a movimentação.” Além de seguirmos a enciclopédia técnica, queremos que a Olimpíada nos credencie internacionalmente como país especialista em recepção humanizada. Não basta proteger bagagens, implantar fluxos, seguir as regras – o bom atendimento de um aeroporto diz respeito às pessoas, ao tratamento diferenciado, à abordagem profissional e acolhedora. “Isso também pode ser planejado, e tenho certeza que nunca estivemos tão prontos como agora”, afirma o ministro da Aviação, Eliseu Padilha.
Demanda estimada
De acordo com diagnóstico construído pela Secretaria de Aviação com base na experiência olímpica de Londres/2012, os aeroportos deverão registrar pelo menos quatro picos de movimentação de passageiros durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
O recorde de movimentação diária nos aeroportos no País foi de 100 mil passageiros, registrado durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
Simulados
A Secretaria coordena a realização de simulados de acessibilidade aeroportuária para Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAEs). O objetivo é testar as operações de embarque e desembarque, fluxos aeroportuários e a infraestrutura dos principais terminais envolvidos na operação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
A agenda é uma ação do subcomitê de acessibilidade do CTOE, órgão da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero).A primeira rodada de simulados passou pelos aeroportos do Galeão (11/06), Santos Dumont (11/07) e Guarulhos (04/08). Antes disso, o CTOE também visitou os terminais de todas as cidades-sede do futebol: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Salvador e Manaus. O resultado destas visitas foi um diagnóstico para que os operadores aeroportuários elaborem seus planos de melhoria e adaptação.
“O setor de aviação está lançando todas as diretrizes operacionais com mais de 300 dias de antecedência e isso que contribuir decisivamente para o sucesso de um evento de grande magnitude e complexidade para os aeroportos. Se identificarmos alguma fragilidade, ainda teremos tempo de ajustar tudo antes do início da competição. E mais do que isso: ficaremos com o legado desse aprendizado”, explicou o diretor do Departamento de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação, Paulo Henrique Possas.
Fonte: Jornal do Brasil
estes procedimenros deveria, ser rotina no Brasil
Deveriam rever também o aeroporto de Foz de Iguaçu , que é um horror para pessoas com necessidades especiais .